13 novembro 2008

A sombra do vento


terminei de ler "a sombra do vento", de carlos ruiz zafon.
recomendo.
o livro do catalão é um sucesso no mundo inteiro, é não é a toa. cheio de mistério e poesia, daquele tipo de livro que qdo acaba de ler, a gente sente falta, pq é como se tivesse entrado na vida dos personagens.
sem contar que o livro se passa em barcelona, mas não se parece quase nada com a minha. acho que se tivesse lido o livro antes de ir, teria até um pouco de medo da cidade.
bem no finzinho do livro, n entanto, tem uma frase fanástica, que não me lembro exatamente como é, mas que diz mais ou menos que a cidade entra na nossa pele e rouba nossa alma, sem que se perceba. concordo. barcelona me roubou um pedaço da alma, ao mesmo tempo em que me encheu de vida e emendou vários pedacinhos de mim.
barcelona é mais pra mim, muito mais. vejo lá mais do que as ramblas, a sagrada familia, o passeig de gracia ou montjuic. é mais do que a cidade do ócio, o teatro do liceu e todas as baladas mais divertidas do mundo.
barcelona foi todos os sentimentos qe moraram em mim, quando deitada na minha cama, num quarto da calle ballester, eu precisava aceitar e com os quais aprendi a conviver. barcelona foi todos os domingos que acordei sabendo que almoçaria sem a minha familia. aliás, foi fazer uma outra familia e ter vontade de constituir uma perfeita. barcelona foi todos os amigos e todas pessoas de todo canto que conheci. barcelona é o cheiro de metrô ao meio dia de um dia fervendo, é o tapete branco de pombos que se abre pra gente passar, é o barulho contante de sirene na rua.
barcelona foi a cidade que me acolheu qando eu resolvi ir embora pra poder renascer, foi a cidade onde eu renasci. barcelona é a cidade que roubou um pedaço da minha alma e que me ensinou que a gente vive sem pedaços da alma, quando a gente aprende a anexar outros pedaços.

Um comentário:

Júlia Pinto disse...

Amei o livro. Li penosamente porque tinha medo. A cada capítulo que terminava eu ficava feliz pelo meu medo não ter se concretizado, mas a cada início de outro o temor retornava.
Pena não poder ter ainda conhecido Barcelona, mas maravilhoso já ter vivenciado um lado obscuro da cidade por Zafon.