27 dezembro 2007

Perdoando Deus

[Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva e então me foi perguntado com alguma ironia se eu também queria o rato para mim.]
C.L.

20 dezembro 2007

Essa época de Natal tem sido bem diferente pra mim. A única coisa que permaneceu como sempre foi, é essa mania de rever tudo, planejar tudo, sentir saudade de tudo.
Mas o que me chamou mais a atenção esse ano foi minha vontade quase incontrolável de presentear todo mundo. É a empregada nova, o porteiro antigo, o porteiro novo, a filha do porteiro antigo, os parentes do namorado, os namorados das parentes, essas coisas.
Sobra vontade de comprar e falta dinheiro pra tudo. Fiquei com vontade de abraçar o mundo, como se pudesse assim me redimir pelo sofrimento alheio que não causei. Quis ajudar todo mundo, e acabei ajudei pouca gente, e fiquei com sensação de dever (não totalmente) cumprido. Minha vontade de ajudar pouco mudou as vidas das pessoas, mas tentei fazer minha parte. Mas essa tristeza e certa frustação não seria o que chamam de espírito de Natal?

14 dezembro 2007

O que nós queremos deles



Mas afinal, o que querem as mulheres de um homem? O que nós queremos? Em primeiro lugar, que ele nos ame muito; muito, mas não exageradamente. Que nos entenda, que nos ouça sempre com muita atenção, mesmo que não esteja muito interessado no que estamos falando (mas fingindo estar). Não, ele não precisa nos trazer flores; mas deve estar sempre nos procurando, fazendo um carinho no nosso ombro, pousando (apenas pousando) a mão na nossa coxa por debaixo da mesa ou quando estiver dirigindo o carro, coisa de quem se sabe dono absoluto do nosso coração (e do nosso corpo); só faz isso um homem seguro, que é o que todas queremos.Por outro lado, é preciso que ele nos solicite muito, pergunte que gravata deve usar, se gostamos da água-de-colônia nova, que carro deve comprar, mesmo que acabe fazendo o que quer, sem dar a mínima para nossa opinião. Mas também é preciso que às vezes fique quieto, calado, para nos deixar bem inquietas, imaginando no que será que ele está pensando. Mulher não pode nunca se sentir nem muito segura nem muito insegura: tem que ser no ponto certo. O ponto certo, essa é a questão. Para isso é preciso sensibilidade, coisa fundamental no homem que se ama. Sensibilidade para sentir quando estamos precisando de um carinho, de um amasso ou de ficar em silêncio. E ser capaz de, na hora de uma briga, dizer vem cá, sua boba", e a gente se aninhar nos braços dele esquecendo de tudo que estava falando. Ah, como é bom um homem assim. Não é preciso que ajude a lavar os pratos nem a arrumar a cozinha, essas bobagens a gente faz com o maior prazer quando ama. Mas a cada cinco minutos pode perguntar, enquanto assiste o futebol (sem tirar os olhos da TV), se ainda vai demorar muito essa arrumação, pedir para você levar uma cerveja e dizer "vem sentar do meu lado para ver o jogo". Esse jogo não nos interessa nem um pouco, mas saber que ele precisa de nós num momento tão crucial é tudo de que precisamos para ser felizes. E quando o time dele fizer um gol e ele comemorar te abraçando e beijando muito, seja solidária e mostre-se tão feliz como se tivesse acabado de ganhar o mais lindo vestido da última coleção de Valentino. Não basta ser mulher: tem que participar. A hora de ir para a cama é muito importante: mesmo que ele esteja estudando um processo ou lendo uma revista em quadrinhos, é fundamental que ponha a perna em cima da sua, para que você sinta que, aconteça o que acontecer, ele estará sempre ligado em você. E um homem que quer ser amado sobre todas as coisas não pode jamais, mas jamais, depois de apagar a luz do abajur, se virar de costas para dormir; isso é crime que nenhuma mulher perdoa. E quando, já no escuro, ele faz um carinho na sua cabeça e se encaixa - não há mulher que resista a um homem que sabe se encaixar bem -, aí é que você sente a felicidade total e pensa que é aquele homem, aquele e nenhum outro, que pode fazê-la feliz. É só isso que queremos dos homens. Não é pedir muito, é?
(Danusa Leão)

10 dezembro 2007

Surtei. Tive ataque de gente louca. A minha loucura curada virou loucura latente outra vez. Quis quebrar o mundo, liguei até acabar a bateria, chorei a dor que eu não sabia que podia sentir, senti dores antigas por novos motivos, vi meu estômago se revirar pelo que eu nem sabia que me era tão importante. Ou talvez não era importante, foi só o não que me enlouqueceu. Cheguei a ponto de nem saber mais o que estava me deixando tão enfurecida, e parti pra auto-terapia - já que auto-ajuda não funciona e auto-piedade eu descartei. Usei a parte de mim que eu costumo colocar na prateleira em momentos como o de ontem... pedi pra dona Razão entrar em ação e conclui, que na verdade, meu ataque não era por ele, era por aquele outro. Ou melhor, aquela outra situação, aquela bem antiga, que vem da infância. A bola de neve ficou mais gigante do que sempre e de novo eu paguei o pato por aquelas coisas que eu ouvia quando era criança. J´pedi ajuda pra terapia de verdade, e acho que voltei ao normal.

06 dezembro 2007

Quando fantasmas antigos acordam, outras músicas,outros livros, outras poesias surgem pra me ajudar a recolocá-los na gaveta. Quando acho que já estou curada, pensamentos de outrora reaparecem para me fazerem perder o sono. Novas mágoas, outros perdões e outra vez, começar de novo e recomeçar e recomeçar e recomeçar todos os dias. É o ciclo da vida.

05 dezembro 2007

Voltei.

Oito meses, cinco dias, cinco viagens, uma volta, um fim amizade, alguns perdões, um namorado e várias novidades depois, resolvi voltar. Pra quê? Ué, quem precisa saber?

30 março 2007

cansei

Cansei de postar no Blog, e não receber comentarios, nem nada.
Decreto o blog fechada por tempo indeterminado.

17 março 2007

Uma semana

Tô há uma semana longe de casa, e é quase como a eternidade.
Uma semana sem a minha cama, sem meu banheiro, sem meu cantinho, sem meu carro. Só a primeira semana, das próximas que vao fazer toda a diferença na minha vida.
Tenho vários novos contatos no celular, mas nenhum amigo aqui. Já pensei muitas vezes em voltar antes do previsto, já me perguntei muitas vezes pq eu tive a idéia de girico de vim, já tive certeza muitas vezes que essa cidade é maravilhosa, já tive certeza muitas vezes que odeio esse lugar. Nao me resta muita coisa fazer além de pensar em tudo e em todos. Penso nas pessoas que me ajudam, nas que se preocupam sem que precisassem se preocupar, e nas que nao estao nem aí. Penso nas que eu deixei pra trás, e nas que me deixaram antes. Aqui eu tô assim, solta no mundo, solta na vida. Nao tenho o meu canto - tenho um lugar pra dormir, mas nao é o meu canto - nao tenho meus amigos, nao tenho nada, além de todas as descobertas que to fazendo. Mas nao ter nada tem sido muito doloroso.
Todo mundo que me conhece, sabe o quanto os fins de semana sao dificeis pra mim. E aqui, eu to assim, sem planos, sem saber muito bem aonde ir, e sem ninguem pra ligar. Sinto frio. Nao esse frio que a gente dribla com casacos. Sinto frio na alma, desses que só um cobertor de orlha pode curar. E nao tenho um por enquanto, nao tenho um abraço amigo. Estar aqui é um sonho, mas desses que passam por pesadelo até se realizar.

14 março 2007

penso e penso e penso

Provavelmente, por não ter muito com quem conversar, penso muito aqui na Espanha, sobre as coisas que me são importante. Tenho a impressão que já envelheci alguns anos em poucos dias aqui... ou melhor, amadureci. Tô aprendendo a decidir qual o melhor caminho a tomar. Tô aprendendo a ficar sozinha e controlar as lágimas. Tô aprendendo a gostar das pessoas sem me apegar a elas, pq sei que é um convívio temporário. Como me disse a Lara, essas coisas eu vou levar na minha bagagem de volta pro Brasil. Algumas coisas, parecem que não mudam nunca. Algumas pessoas me fazem falta mesmo estando aqui. algumas simplesmente não me fazem mais falta, simplesmente porque... bom, deixa pra lá porque.


ontem e hoje conheci lugares lindos por aqui.

Ontem fui ao Park Guell. O lugar é lindo. Tem um espaço com obras de Gaudí. Além disso, é simplesmente um parque, que me pareceu tipicamene europue. As pessoas sentam a tarde, e ficam por lá, conversando, tomando sol, jogando futebol, fazendo piquenique. O tipo de coisa que não tem no Brasil e que faz uma imensa falta para os dias de ócio improdutivo.
Hoje estive no Bairro Gótico, e foi o lugar que mais gstei até agora. É maravilhoso. Não tem como descrever. São várias ruelas, ou becos, cheio de paredões de pedras, e por ali têm cafés, restaurantes, lojas, e tudo o mais. è como um labrinto, é totalmente diferente de qualquer coisa que já vi no Brasil. Adorei!!


Depois conto mais sobre o que tenho visto e feito por aqui.


Besos.

11 março 2007

Em Barcelona

Aprendi que...

certos cheiros me despertam lembrancas em qualquer lugar do mundo;
Ice tea de limao é igual em qualquer lugar do mundo;
eu sinto mais falta da minha mae do que eu supunha;
Ficar sozinha me faz chorar, mesmo na Espanha;
Domingo a noite me deixa depressiva em qualquer lugar do mundo;
Escutar algùém falando portugues me deixa muito tranquila;
A televisao deixa as pessoas alienadas em qualquer lugar do mundo;

Bom, tinham mais coisas mas esqueci!!


Estou desde sexta-feira sem conversar com ninguem, e isso tá comecando a me desesperar.
Tenho o telefone de duas pessoas aqui em Barcelona e amanha, se Deus quiser, vou encontrar a Sabrina, que é uma dessas pessoas e que me parece ser alguem bem legal!
Nao gostei do local onde estou, apesar da dona da casa ser bem receptiva, mas aquele lugar me dá uma trsiteza imensa, e por isso, cada vez que chego lá eu choro muito. Aamnha comecam minhas aulas, e estou cheia de expectativas qto a isso, porque a partir de entao vou me ocupar e conhecer gente e todo o resto.
A cidade aqui é muito bonita, cheia de construcoes antigas, e tudo parece ser bem organizado. E aquela historia que dizem que quando a gente vai atravessar a rua, os carros param imediatamente, é verdade. Chega a ser lindo de ver.
Hoje fui conhecer a Plaza de Catalunya, o lugar é lindo, super movimentado - claro, tem muito turistas! - e me senti muito na Europa passando pelos cafés com mesinhas nas ruas, com o sol batendo. Muito divertido.
Por enaqunto é isso...
Mando mais noticias em breve!

Ahhh... e eu sinto muitas saudades em qualquer lugar do mundo!

¡Besitos!

07 março 2007

P.s:

Último post em terras brasileiras, provavelmente!

Vou telefonar dizendo...

Eu tinha tudo ensaiado pra te falar. Juro que tinha! Mas agora é assim, eu fico sem ação, 'não sei como agir perto de ti. Fico engasgada, fico com as palavras querendo sair e travando na garganta. Eu tinha jurado que pularia nos teus abraços assim que te visse, mas agora eu tenho medo de encostar em ti. Não sei se posso, não sei se queres.Eu abraço forte, sem querer me afastar de ti, e sabendo que tenho que ir. Agora eu vou, sem ter dito o que eu queria, sem escutar o que precisava. E repito, mais uma vez, só o que consigo murmurar pra ti: sinto saudade.

04 março 2007

Falando Sério...

Falando sério
É bem melhor você parar com essas coisas
De olhar p'ra mim com olhos de promessas
Depois sorrir como quem nada quer.

Você não sabe
Mas é que eu tenho cicatrizes que a vida fez
E tenho medo de fazer planos
De tentar e sofrer outra vez.

Falando sério
Eu não queria ter você por um programa
E apenas ser mais um na sua cama
Por uma noite apenas e nada mais.

Falando sério
Entre nós dois tinha que haver mais sentimento
Não quero seu amor por um momento
E ter a vida inteira p'ra me arrepender.







Momento Roberto Carlos

21 fevereiro 2007

A carta que eu não mandei

Ontem reli algumas conversas de quando ainda me amava, e fiquei tentando descobrir quando foi, e como foi, que deixou de me amar - e sim, isso me fez chorar mais uma vez. Eu queria entender porque ainda dói tanto pra mim - minha terapeuta já me deu uma explicação, mas não me bastou.
Nos últimos dias, de repente me senti tão próxima, e pude enxergar em dois momentos, o meu Tu, não esse que me olha como se não me enxergasse. Vi o Tu por quem me apaixonei, e não esse que eu não conheço e não gosto. Tive vontade de me jogar nos braços e ganhar o abraço que mais gosto, e não pude, porque estava na pele desse desconhecido.
Sem querer, quase me respondeu a pergunta que tantas vezes já fiz, e para a qual não recebi nada além de suposições de quem ainda acredita no amor que eu acreditei que sentias.
Mas o meu Tu foi embora depressa, e me colocou na gaveta junto com os poemas que entreguei. Aliás, a mesma gaveta onde me guardou quando dei uma parte de mim. E eu fiquei com a vontade de gritar o que fica ecoanda na cabeça, tentando não lembrar o que nunca esqueço: ainda amo tanto, tanto!

13 fevereiro 2007

As 10 +!

Ontem me bateu um surto de carência absurdo, e no meu momento de ócio não-criativo, comecei a listar mentalmente as 10 pessoas mais importante na minha vida. Na verdade, comecei imagindo quais outras pessoas me colocariam nesse ranking, caso alguem se prontificasse a fazer um... e lá vai, minha brilhante conclusão!


1. Mãe: por motivos óbvios...

2. Pai: também por motivos óbvios, além de ter sido o primeiro homem da minha vida, ou pelo menos aquele que me fez ter alguma percepção do universo masculino.

3. Aline: minha prima, a pessoa com quem mais vezes eu discuti as possibilidades do começo do mundo e a existência de Deus. aliás, essas super discusões de eu menina, muito me influenciam até hoje. E é uma das pessoas pra quem corro sempre que preciso de colo.

4. Mr. M - ou qualquer outro codinome que valha: por várias razões, em especial por ter sido meu príncipe encantado. A pessoa que fez eu acreditar que amores de novela existem - de vez em quando. A minha mistura de certo e errado, pecado e pureza, sonho e realidade. Era meu amigo e meu bem. O melhor colo, o melhor abraço. o sonho que foi real. O homem que fez eu ver que eu sou mulher. a pessoa que sempre vai fazer meus olhos encherem de lágrimas, e ficar com um sorriso no rosto. E que sempre vai me dar o prazer de dizer que eu tive uma história de cinema.

5. Michelle: eu conheci a Michelli quando eu tinha uns 10 anos. Na época, eu tinha imensa vontade em fazer ser real aquelas amizades verdadeiras, que eu lia nos meus livrinhos infantis. Convivi com a Michelli bem pouco, mas ela foi a primeira pessoa a quem pude chamar de amiga, mesmo naquela nossa amizade infantil. A Michelli foi embora, e depois disso encontrei com ela algumas poucas vezes. Descobri que parece que agora a distância que nos separa é muito maior do que as ruas do bairro. Pena!

6. Mariana: a Mariana foi a segunda pessoa a quem pude chamar de grande amiga, com a diferença que a gente nnao se separa nunca. A pessoa que fez eu perceber que, sim, eu era atraente e que, sim, eu sou muito legal. e que fez eu descobrir que as pessoas podem ser muito diferentes, e mesmo assim serem grandes amigas.

7. Marina: Amiga de colégio, que virou amiga da vida. Provavelmente, a pessoa que mais me escutou chorar no telefone. Por quem eu já larguei o que estava fazendo para poder consolar. E que fez o mesmo por mim tantas vezes. Amiga que me dá conselhos que eu não sigo, e pra quem eu dou conselhos errados. E que divide comigo momentos meio Sex and the City. Foi a Marina que me emprestou a familia dela e que fez u mudar alguns conceits sobre o tema.

8. Meu irmão: provavelmente a pessoas que me causa mais preocupações e mais orgulho. A pessoa mais parecida comigo da família, com quem tem as melhores conversas, e que sempre me dá uma opinião masculina - e machista. O homem que eu imagino que sempre vai cuidar de mim, ainda que ele seja mais novo do que eu.

9. Minha irmã: mulher é complicado, a gente disputa por tudo, mesmo sem querer. A minha irmã, lógico, foi quem me deu noção dessa disputa, ainda que saudável e natural. Talvez a pessoa que mais se preocupa comigo, e a quem eu aprendi a amara, mesmo com todas - e todas são muitas - diferenças entre a gente.

10. Miguel: foi meu professor de Português, e de alguma forma virou um amigo. Alguém que mesmo sem saber, influenciou no meu gosto pelos livros, na minha mania de escrever e consequentemente, na minha futura profissão. Alguém com quem conversar sempre rende otimas risadas e muitos momentos de reflexão, além de ser a minha melhor lembrança dos meus tempos de colégio.

07 fevereiro 2007

Preguicinha!

Ando com preguiça de escrever - no blog e pra qualquer outra coisa.
Tenho até algumas coisas sobre as quais falar, mas admito que falta vontade!
E agora ando ocupada com as novidades que estnao chegando, e to adorando isso tudo!



Outra dia eu conto o que é!

01 fevereiro 2007

Bem vindo à Ilha da Magia

Segundo dados do IBGE de 2002, Florianópolis tem aproximadamente 361 mil habitantes, população que para mim já parece suficiente para afundar a Ilha – caso isso fosse geograficamente possível. Nessa temporada de férias, a impressão que tive foi que a população triplicou, ainda que eu não tenha encontrado dados exatos a respeito disso.
Preciso admitir que a invasão dos turistas esse ano me deixou bastante irritada – e percebi o mesmo sentimento em algumas pessoas ao meu redor. Na verdade, o que realmente me incomoda não são apenas os turistas, mas o turismo em si. Penso ser irônico propagandear quão maravilhoso é o Estado de Santa Catarina, quando na verdade não apresentamos infra-estrutura para os visitantes.
A cidade não oferece muitas opções de lazer, além das praias, embora as badalação noturna se multiplique nessa época. E quando chove, todos têm a mesma idéia: rumo aos shoppings centers. O trânsito ao redor fica caótico e quase impossível de encarar. Aliás, mal temos estradas suficientes para atender aos cidadãos, quem dirá o excedente de turistas.
O atendimento aos turistas é péssimo, e pude sentir isso na pele durante uma curta temporada na praia. Como turista, paguei caro por serviços que muito deixaram a desejar. Para completar, muitos dos turistas que chegam são realmente bem mal-educados e desrespeitam violentamente a cidade e moradores. O que vejo é que a desordem impera e Florianópolis virou uma Terra de Ninguém.
Sinto falta da cidade no inverno, e sinceramente nunca ansiei tanto pelo fim da temporada. Ano que vem, talvez eu fuja da cidade, pra não precisar fugir da invasão turística que veio junto com o verão.

16 janeiro 2007

"Anonymous

said...

Jully agora entendo aonde voce passa o tempo que deveria estar dedicando aos projetos... esqueca."





Odeio gente que coloca essas coisas e não se identifica!!
Queridos: se querem me falar alguma coisa, por mais grosseiro que seja, identifiquem-se. Grosseria maior é não assumir o que diz. Sinceramente, até desconsidero o recado, uma vez que, qualquer pessoa que seja "corajosa" o suficiente para me fazer uma crítica sem se identificar, eu coloco na categoria dos ratos. Por favor, sejamos adultos!

07 janeiro 2007

Domingos!

Antigamente sobreviver aos domingos era tão mais fácil. Eu me contentava em assistir ao Faustão e talvez comer pizza a noite.
Nos ultimos tempos, os domingos me exigem mais. Preciso lutar contra meus medos e tentar vencer a solidão, tenho que me acostumar com o tédio e a sensação de que nada me convém. Os domingos se tornaram monstros, e de verdade, tenho pavor desses monstros - que sempre ficam ainda maiores no fim de tarde. Sempre parece que, caso eu não me esconda dos monstros, certamente não chegarei viva as segundas-feiras. Aliás, provavelmente eu sou a única pessoa no mundo que gosta de segunda-feira.

02 janeiro 2007

Promessas de Ano Novo

Em 2007, serei mais EU. E viverei toda a plenitude da palavra EU. Vou cantar mais alto as músicas de que gosto. Vou dançar mais funk e pagode. Vou me permitir coisas diferentes. Vou tirar mais fotografias dos momentos felizes.
No ano que vem, esquecer pessoas e coisas inesquecíveis será meu desafio maior. Vou abrir espaço para mais amigos, e quem sabe, outros amores. Não vou mais sentir saudade, não vou mais me lembrar, vou mudar meu caminho de rotina, se for preciso. Em 2007, vou deixar pra trás 2006.
Vou a mais shows, vou mais vezes ao cinema, vou ser frequentadora de teatro. Vou ler mais Clarice Lispector, vou ouvir mais Chico, Zeca Baleiro e Caetano. E se me der vontade de ver o filme da Xuxa, vou ver sim, sem vergonha de mim mesma.Vou escrever mais, dormir menos e usar menos Internet, e talvez, adotar uma vida mais saudável.
Vou hidratar mais meu cabelo, cuidar da minha pele e pintar mais vezes a unha do pé de vermelho. Vou ficar mais perto do mar, andar mais vezes descalça na areia da praia, me afastar um pouco do ar condicionado e - Senhor, me dê forças – usar menos o carro!
Vou viajar para lugares distantes, talvez para a Bahia e quisá para Nova York. Vou aprender Espanhol e entrar numa aula de dança de salão. Vou ligar mais para amigos ocupados. Vou a mais festas, vou fazer mais declarações de amor. Vou falar mais sobre o que eu sinto, declamar outras poesias. Vou conversar mais com Deus, vou comprar mais flores.
Em 2007, vou saltar mais uma vez de pára-quedas, vou aprender a ficar sozinha. Vou dar mais abraços e vou ter mais paciência, comigo e com os outros. Vou me perdoar mais facilmente e vou aceitar mais os meus erros. Em 2007, vou cumprir minhas promessas de Ano Novo, eu prometo. Que assim seja!