25 dezembro 2006

Survivor!

Sobrevivi ao Natal. Sem arranhões, sem feridas.
Pelo menos nada que seja aparente!

05 dezembro 2006

Sobre sentir falta de alguém...

Nada no mundo é pior do que a sensação provocada pela falta de alguém. Se existe algo pior, talvez eu ainda não tenha descoberto.
Não estou falando exatamente de saudade. Tô falando da falta que faz alguém. Falta de conversar com alguém que antes era tão íntimo. Falta de ganhar colo, falta das piadas e das gargalhadas consequentes.
Dói tanto, tanto!
É como se aquela pessoa não existisse mais, às vezes me parece que não existe mesmo, tamanha é a distância que a pessoa coloca até ela. É uma coisa estranha de se explicar.
Pior do que isso, talvez só a sensação de não fazer falta. Como se a gente tivesse passado derpecebido na vida de alguém... ruim é a sensação de que descobriram que a vida sem a gente é tão divertida quanto com a gente. Isso dói tanto, tanto também!
Porque, de alguma forma, dá uma impressão de fracasso, de medíocridade, sensação de que não ficou nada, nem um pouco.
Eu sempre fico me repetindo, pergunto a mim e aos outros se eu faço falta. É chato eu sei! Mas, pode parecer que não, mas pra mim, saber que eu faço falta faz toda a diferença!

01 dezembro 2006

Pessoas

Quando chega dezembro, a maioria das pessoas faz balanço do que aconteceu de bom e de não-tão-bom durante o ano que está por acabar. Esse ano, resolvi fazer uma análise das pessoas que passaram pela minha vida.


Posso dizer, que nesse aspecto, tive um ano bastante promissor. Conheci gente, muita gente. E poucas coisas são melhores do que conhecer vários tipos de pessoas. Conheci pessoas ditas normais, e outras nem tanto. E essa variedade de pessoas, fez-me uma pessoa melhor.


Tem gente que passa rápido, tem gente que prefere ficar mais tempo. Tem gente que faz muita falta. Tem gente que a gente gosta de graça. Algumas pessoas ensinam muito em pouco tempo. Tem gente que adora dar conselhos, tem quem prefira apenas escutá-los – ainda que não sirvam para nada.


Ora, e as pessoas sempre surpreendem! Tem gente que surpreende dizendo que vai embora sem hora para voltar. Tem gente que de repente demonstra uma amizade que a gente desconhecia. Tem gente que fala "eu te amo" de forma inusitada. Tem gente que deixa de amar a gente, de forma mais inusitada ainda.


Tem gente que decepciona. Tem gente que se decepciona com a gente. Tem gente generosa, conheci gente mesquinha. Tem gente que prefere uma vida medíocre a correr riscos. Tem gente que prefere uma vida emocionante a uma vida medíocre.


As pessoas, têm de vários tipos. Todas elas ensinam alguma coisa, todas elas têm um valor próprio. As pessoas fazem a vida valer a pena. As pessoas são o quê eu quero ganhar de Natal. Mas as pessoas não são compráveis para eu ganhar do Papai Noel.

30 novembro 2006

Eba!


Tenho até medo de dizer que é bom, vai que muda!
Depois de ter reclamado que nada de bom acontece nessa cidade, eis que sou surpreendida pela programação dos shows do Zeca Baleiro e do Paulinho Moska, em menos de uma semana. Isso logo depois de ter ido ao show do Los Hermanos. Agora só falta Seu Jorge, e não reclamo mais da ausência de shows em Floripa. Sim, posso estar me contentando com pouco, mas realmente estou feliz pela possibilidade de ver o Zeca!(ok, já sou íntima dele, sim, e daí?)
Se tem um cantor/compositor da minha geração, por assim dizer, que muito me encanta, o cara é o Zeca. Nem sei de onde ele é, acho que do Maranhão. Mas ele de verdade é O Cara.
Ganhei um CD dele de aniversário, e já conhecia outras músicas, graças a essa coisa chamada MP3!
O CD dele tá rodando incessantemente no meu aparelho de som, e nesse momento tô escutando-o cantar do meu lado... "Palavras e silêncio que jamais se encontrarão."
Acho, na minha humilde opinião de pessoa que não entende nada de música, que as letras dele são geniais; é poético, irreverente, deboxado, sutilmente crítico, romântico sem ser meloso. É lindo demais!
E quanto as melodias? Fantástico! A mim, sempre sobresai o violão. Mas não é dramático. Dá vontade de cantar alto e dançar! Do fundo do coração!
O show dele é na quarta-feira. Estarei lá, sem a menor dúvida. E se observarem alguém balançando e cantando loucamente, não se envergonhem, serei eu! Em êxtase!

29 novembro 2006

Maturidade(?)

Desde que eu fiz 21 anos - veja bem, 21! - tô me sentindo diferente!
Tô vendo as coisas de uma forma bem tranquila, e tô enxergando o lado bom das coisas. Se antes eu estava me amargurando pelo que me faltava, agora estou imensamente feliz pelo que tenho, e por quem tenho!
Pode ser que seja o clássico otimismo sagitariano, ou pode ser o fim do me Inferno Astral - Obrigada, senhor!
Eu tô chamando de maturidade!

25 novembro 2006

Balanço

Ao contrário do que eu imaginava, meu dia ontem foi maravilhoso! Não que eu não tenha chorado, chorei bastante até! Fiquei triste porque quem eu queria que ligasse não me ligou. Mas ontem, quando vi meus amigos cantando Parabéns, me senti até um pouco ingrata. Deus sabe o quanto estava feliz por tê-los ali, e me dei conta de que tinha sido muito babaca por ter chorado porque um imbecil não me ligou. Afinal, todas aquelas pessoas estavam ali pra me abraçar e dizer que gostam de mim. E logo pra mim, a Sr. Jully Carente Fernandes! Amei. Entrei em transe por percebê-los alegres em estar comigo. E eu estava mais ainda por tê-los aqui. Apesar de alguns percalços, me emocionei porque, enfim, era como se eu voltasse pro meu lar, e vi quem me quer bem o tempo inteiro. Eu era eu, sem recriminação, sem julgamentos, eu do jeito que eu gosto de ser, e do jeito que as pessoas gostam de mim. Era eu com minha família, meus amigos. Era uma espécie de brinde a minha liberdade de alma. E estavam todos ali pra comemorar a minha vida, mesmo que não tivessem noção do quanto estavam me fazendo feliz. Era um brinde a Jully, que nasceu mais uma vez, vinte e um anos depois!
Amei. Tim Tim!

21 novembro 2006

Medo!

Todos os anos, com a proximidade do meu aniversário, sou tomada por um medo inexplicável. Esse ano não é diferente. Meu medo é meio tolo, mas é real: tenho medo do dia 24, uma coisa estranha, sempre me sinto esquisita no dia do meu aniversário. É um pouco de alegria por as pessoas lembraram de me ligar, e tristeza por quem esqueceu.
Tenho medo que o dia passe rápido e de não conseguir aproveitar todos os momentos do dia que é meu. Tenho medo de acordar no outro dia e saber que aumentou um número na minha idade. Fico com medo do telefone, que me persegue silenciosamente. E quando o telefone toca, tenho medo de atender e perceber que não era exatamente quem eu esperava.
Esse ano, em especial, minha angústia maior é por conta de uma pergunta, que tá acabando comigo: será que ELE vai ligar, será que vai se dar ao trabalho de me comprar um presentinho, será que há de querer me ver? Todos os anos, eu acabo por chorar no meu aniversário. Esse ano, imagino, não há de ser diferente!

20 novembro 2006

Como se faz amigos?

Engraçado como de uma hora pra outra, nos damos conta do quanto alguém se fez fundamental nossas vidas. De repente, não mais que de repente – só para citar Vinicius – aquele simples conhecido se tornou uma pessoa tão íntima, e com quem compartilhamos vários segredos.
De uma certa forma, imagino um roteiro para conseguirmos tal transformação. Primeiro, é necessário a simpatia recíproca, alguns gostos parecidos – pode até ser a mania de escutar Sidney Magal – prazer em estar junto, mesmo que não por muito tempo e uma infinidade de assuntos para conversar.
Aos poucos, as conversar acontecem com mais freqüência e de repente a gente se pega fazendo confidências, isso porque em algum momento surgiu a sensação de confiança, o quê eu nem tento explicar.
Eis que em uma tarde de chuva e melancolia, a gente sente vontade e se sente a vontade pra ligar pra alguém com quem temos em comum a mania de escutar Sidney Magal. Só pra se diverti, só pra passar a tarde e dar boas risadas.
E a partir desse dia, todas as tardes chuvosas e melancólicas – principalmente no domingo – você passa com essa pessoas, já que sem saber muito bem porquê, estar com esse alguém te faz esquecer dos buraquinhos que outra pessoa deixou no coração.
Aos poucos, vêm as festas, as bebedeiras – ótimas oportunidades de testar a lealdade dessa pessoa divertida – começam a dormir um na casa do outro, dividem o almoço, pegam dinheiro emprestado para pagar a “perder de vistas”, freqüentam cinemas, suportam o período de TPM, se dão as mãos na hora de fazer tatuagem, oferecem os ouvidos e o colo. É nesse momento que a gente percebe que fizemos um amigo, e que sem esse amigo a vida não é mais a mesma coisa.
Talvez existam segredos para manter essa relação. Fundamental mesmo é o amor – plagiando Tom Jobim – além de muita de confiança. Precisa também companheirismo, porque um dia ou outro a gente tem que se ceder pra esse amigo. Respeito e boas gargalhadas também são muito bem vindos. E por último e mais importante, afim de agüentar as maiores chatices do outro, uma dose extra de paciência.









Obs: Eu não gosto de Sidney Magal!

17 novembro 2006

(In)Decisão

Vou mudar de curso. Não quero mais ser Jornalista. Não tenho talento pra isso. Gosto de escrever, mas a quem tô querendo enganar dizendo que sou capaz de fazer isso o resto da vida? Tudo resolvido. Desisti de ser Jornalista. Amo o Jornalismo, mas não vejo caminhos pra mim na área. O quê vou fazer da vida também não sei. Talve eu faça direito e tente ser delegada. Ou quem sabe, faço administração e realizo o sonho dos meus pais de trabalhar com eles. Posso ainda tentar um curso de culinária, ou procure um marido rico que me sustente, para eu passar a minha vida fazendo chochê e brincando de ser colunista - é isso o que me interessa no jornalismo, e só. Ou quem sabe, eu coloque uma mochila nas costas e vá pra Islândia. Também posso ir morar na favela Santa Marta. Opções não me faltam. Só sei que não quero jornalismo.

16 novembro 2006

Televisão

Como não quero ficar me repetindo sobre saudade, assunto que já levantei várias vezes aqui no Blog, e também não quero ser chata falando das minhas dores - no corpo e na alma - e nem sobre as queimaduras provocadas pelo Sol no horário não-recomendado pelo médicos, que adquiri por conta da minha teimosia burra, e também não quero deixar de atualizar essa poióca em função da minha crise criativa que me acomete nesse período de inferno astral... (que período longo, não escreva assim futura jornalista!) Resolvi então postar uma música que gosto muito, por servir pra mim em determinados momentos e porque é uma p... crítica ao consumo de televisão em massa! era isso!



A televisão me deixou burro, muito burro demais
Agora todas coisas que eu penso me parecem iguais
O sorvete me deixou gripado pelo resto da vida
E agora toda noite quando deito é boa noite, querida.

Ô cride, fala pra mãe
Que eu nunca li num livro que um espirro
fosse um virus sem cura
Vê se me entende pelo menas uma vez, criatura!
Ô cride, fala pra mae!

A mãe diz pra eu fazer alguma coisa mas eu nao faço nada
A luz do sol me incomoda, entao deixa a cortina fechada
É que a televisão me deixou burro, muito burro demais
E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais

Ô cride, fala pra mãe
Que tudo que a antena captar meu coração captura
Vê se me entende pelo menos uma vez, criatura!
Ô cride, fala pra mãe!


A mãe diz pra eu fazer alguma coisa mas eu nao faço nada
A luz do sol me incomoda, entao deixa a cortina fechada
É que a televisão me deixou burro, muito burro demais
E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais

Ô cride, fala pra mãe
Que tudo que a antena captar meu coração captura
Vê se me entende pelo menos uma vez, criatura!




Titãs!

14 novembro 2006

Poema

Ney Matogrosso

Composição: Cazuza / Frejat

Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim

De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

Foo Fighters

Música de Hoje





It’s times like these you learn to live again,
It’s times like these you give and give again.
It’s times like these you learn to love again,
It’s times like these time and time again.


Times like this

13 novembro 2006

AbuSado

Tô quase acabando de ler Abusado - O dono do morro Santa Marta, do Caco Barcellos.
Desde que o livro foi lançado, eu guardava a imensa vontade de lê-lo, sou chegada a essas histórias de quadrilhas, narcotráfico, investigações e bla bla bla. Mas me faltava um pouco de coragem para começá-lo. O livro tem, acho que 580 páginas, por aí. E a capa do livro também me assustava um pouco. Agora, uma obrigação universitária me fez parar e me dedicar ao livro. E juro, comecei na quinta à noite, e se eu pudesse não teria me desgrudado dele desde então. O livro é maravilhoso.
Não é perfeito, mas o livro envolve pela linguagem simples e explicativa pra quem não inteirado do mundo do crime.
O romance-reportagem, para qum não sabe, trata do dominío da favela Santa Marta, em Botafogo, Zona Sul do Rio, pelo narcotráfico e a inserção do morro no Comando Vermelho, facção criminosa que comanda alguns dos morros cariocas e controla o tráfico de drogas. Conta em especial, a trajetória de Marcinho VP no mundo do Crime. E era nele que eu queria chegar.
No livro, o personagem ganhou o nome de Juliano VP e tem um ar de herói. Tô quase apaixonada por ele! Sério! Ele era o Don Juan da favela, fazia poesia, tocava sax (eu amo sax!), gostava de ler, se interessava por arte! Perfeito! Tô encantada com ele! Claro, tô sofrendo uma certa interferência da escrita do Caco, que não é nada imparcial. O jornalista quase me fez acreditar que o coitado do Marcinho é a vitima, e que nós somos a bandidagem.
Parei de ler o livro, pra guardar pra ler daqui a pouco, e vim procurar na informações sobre o meu ídolo... e descobi que ele morreu logo depois da publicação do livro. Ora! Mas que decepção a minha... até perdi a vontade de ler!

07 novembro 2006

Comigo

Vou colocar uma musiquinha pra amenizar o post aqui em baixo, acho que me passei na raiva! Hehehe
Então, prometo que voou aprender os recursos pra utilizar a tal multimidiabilidade aqui no meu blog, mas como por enquanto não sei fazer isso, coloco só o texto, sem a melodia!
Zeca Baleira, porque eu citei essa música pra Marina no domingo... tá aí!




Comigo
Zeca Baleiro

Composição: Zeca Baleiro

você vai comigo aonde eu for
você vai bem se vem comigo 2X
serei teu amigo e teu bem
fica bem mais fica só comigo
quando o sol se vai a lua amarela
fica colada no céu cheio de estrela
se essa lua fosse minha
ninguém chegava perto dela
a não ser eu e você
ah, eu pagava pra ver
nós dois no cavalo de ogum
nós juntos parecendo um
na lua na rua na nasa em casa
brasa da boca de um dragão
na lua na rua na nasa em casa
brasa da boca de um dragão
na lua na rua na nasa em casa

Novembro

Apesar de eu fazer aniversário no mês de novembro, não gosto desse mês. Primeiro pelo inferno astral que me acomete todos os anos nessa época, e que me deixa um tanto descontente com a vida. Segundo, e mais importante, por saber que novembro antecede dezembro - conclusão óbvia esta! É que eu odeio o mês de dezembro, mais do que a qualquer coisa no mundo (pelo menos é no momento!).
Se eu pudesse, juro que dormiria do dia primeiro ao dia 31 de dezembro, só para fugir dessas festas de Natal. Não suporto Natal, vejo como uma data extremamente comercial, e para a qual atribuíram nos últimos anos, a obrigatoriedade de sermos todos solidários. Imensa babaquice. Pra que fingirmos que nos importamos, se durante o ano todo tentamos não ver aquelas pessoas pedindo dinheiro no sinal? Bando de hipócritas! No Natal todo mundo se perdoa, todo mundo se abraça, todo mundo vira católico! De otários que somos: pra quê fazer de conta que perdoamos quem nos fez mal, se no dia 2 de janeiro, todo mundo não se suporta mais? Há quem passe o ano fugindo da igreja, e no dia 24 de dezembro vai na Missa - do Galo ainda - justo na mais longa do ano!
E a decoração de Natal? Existe coisa mais escrota? Por favor, estamos no Brasil, país tropical... em dezembro faz um calor infernal, e temos que engolir aquelas simulações de neve - porque algum imbecil trouxe a idéia dos norte-americanos, e todos os outros imbecis resolveram seguir. Como assim, no Natal comemos Peru? Grande parte do povo brasileiro mal tem dinheiro para comprar o arroz com feijão durante o ano, e a gente come Peru assado com frutas cristalizadas e nozes. Juro, tenho vontade de explodir quando penso nisso! É uma falta de senso lógico sem tamanho! Pelo amor de Deus, enquanto a população torce pra poder sair de casa usando Avaianas, alguns coitados são contratados para usar uma roupa ridícua de Papai Noel - de veludo vermelho! Tenho vontade de seuqestrá-los todos, para salvá-los desse papel humilhante a que são submetidos.
Sem contar as lojas lotadas de pessoas sedentas pelo consumo desenfreado, e que ganha uma imensa liberdade no Natal! Ora, no Natal somos todos bem-vindos ao mundo capitalista, mesmo que se passe o resto do ano pagando prestações! Dizem que o Natal tem um significado bonito! Mas as promoções de Natal me fizeram esquecer qual é..

05 novembro 2006

Os cegos do Castelo

Hoje tava escutando essa música - tô escutando agora pela terceira vez - e sem querer, tive um nova compreensão sobre ela. Deu vontade de postar aqui! Bom proveito!





Nado Reis - (Adoro!)


Eu não quero mais mentir
Usar espinhos que só causam dor
Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu
Dos cegos do castelo me despeço e vou
A pé até encontrar
Um caminho, o lugar
Pro que eu sou

Eu não quero mais dormir
De olhos abertos me esquenta o sol
Eu não espero que um revólver venha explodir
Na minha testa se anunciou
A pé a fé devagar
Foge o destino do azar
Que restou

E se você puder me olhar
E se você quiser me achar
E se você trouxer o seu lar

Eu vou cuidar, eu cuidarei dele
Eu vou cuidar
Do seu jardim
Eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele
Eu vou cuidar
Eu cuidarei do seu jantar
Do céu e do mar, e de você e de mim

03 novembro 2006

Paraíso!

Eu amo morar em Florianópolis, juro que amo!
Mas às vezes a cidade me irrita. Esses dias, minha prima que mora em São Paulo tava contando que foi a um show do Nando Reis, e pagou 6 reais. Morri de inveja. Shows assim aqui são artigos de luxo... nunca tem, e quando tem, custam caro.
E Teatro? Passo vários fins de semana querendo assistir a uma boa peça, e de repente eles reunem quatro espetáculos num mesmo fim de semana, o primeiro do mês. Assim, meu bolso não sobrevive até dia 30, ora! E falta tempo pra ir a todos! Por que não distribuem melhor os horários? Seria pedir muito?
E cinema? Poucas salas de cinema, bem poucas! E de qualidade proporcional ao nëmro escasso de salas. Blerghhh!!!!! Quem nunca foi (mal) atendido por uma das mulheres da bilheteria dos cinemas, não veio ao cinema em Florianópolis. Acho que elas fazem concurso de chupar limão antes de trabalhar! Desânima ir ao cinema só de pensar nelas! Em breve, as coisas mudarão, eu sei - novos shoppings, novas salas de cinema. E espero que as atendentes sejam mais simpáticas. E que tenham mais opções de filmes, pelo amor de Deus!
Sinceramente, não é dificil entender porque as praias lotam em dis de Sol. Não há mais nada pra fazer nessa cidade! A gente passa o inverno todo implorando por calor pra termos o quê fazer, porque em dias de frio, o quê resta é comer pizza e alugar filmes. Quem não gosta de praia, fica deslocado. Eu gosto de praia. Mas também gosto de música, teatro e cinema. Droga! Acho que vou aprender a surfar! Não gosto de mar, mas é o que me resta... pelo menos vou ter um pouco mais de lazer!

31 outubro 2006

Sonhos possíveis(??)

Sonhos possíveis


Uma das coisas que mais me faz parar pra pensar na minha vidinha, é se me perguntam quais são meus sonhos. E embora tenha ficado muito feliz quando a Mercedes Poison me convidou pra participar desse tal Projeto Sonhos Possíveis, tive dúvidas sobre o quê escrever. Faz tempo que não paro pra pensar nos meus sonhos, na verdade.
Quando comecei a cursar Jornalismo, eu tinha a pretensão de ser Correspondente Internacional - em Londres - e queria cobrir uma Guerra ou conflito interno. Aos poucos, mudei de planos... resolvi fazer Jornalismo Investigativo, mas também percebi que não quero trabalhar com Polícia. Em termos profissionais, no momento meu objetivo se resume a terminar a faculdade e trabalhar com cultura, música provavelmente. Mas não sei se coloco estes últimos na categoria de Sonhos, e se estão nessa categoria, então pode ser que sejam meus primeiros Sonhos Possíveis.
A questão que me aflinge é o fato de que não sei mais quais são meus sonhos. Eu só tenho 20 anos, e há algum tempo perdi minha capacidade de sonhar. Não que eu não tenha planos, tenho muitos, mas nada é tão grandioso a ponto de eu perder tempo sonhando com essas coisas. Tenho vontade de morar no centro quando eu crescer, tenho vontade de fazer um curso de pára-quedismo e saltar mais vezes – essas coisas custam caro!
Pretendo aprender espanhol no ano que vem, e quero viajar pelo Velho Mundo. Quando crescer, também quero ter motorista (é meu sonho de consumo número 1, odeio dirigir!). Talvez eu case, talvez eu leve a vida meio como em Sex and The City. Talvez eu tenha filhos – se chamarão João Ricardo e Ana Bárbara, eu acho. Mas isso vai depender muito do homem com quem, eventualmente, vou casar. Quem sabe esses sejam meus sonhos possíveis, apesar de nunca ter parado pra pensar nessas coisas sob tal perspectiva.
Tenho algumas pretensões na vida, mas também não sei se considero sonhos. Por exemplo, queria não ter mais crises de enxaqueca, queria não ficar depressiva às seis da tarde, queria não sentir falta das pessoas que não sentem minha falta, queria aprender a viver com a saudade, queria conseguir cantar alto sem perder a voz, queria ter meu cabelo naturalmente liso, queria não precisar me depilar pelo resto da vida, queria não gostar de chocolate, queria não sentir ciúme de algumas pessoas, queria não ter dores de estômago, queria que a espinha que apareceu na minha testa parasse de doer. Só queria, porque sei que nada disso vai acontecer.
De todos, no entanto, acho que meu sonho possível mais importante, é escrever um livro – de memórias, crônicas e declarações de amor. Já dei meu primeiro passo pra realizar este sonho, mas não posso entregar o jogo tão abertamente.
Ah, acabei de me lembrar de um sonho Impossível: queria ter uma vasoura voadora, uma varinha mágica, a capa da invisibilidade, o Mapa do Maroto, estudar em Hogwarts, assistir a um jogo de Quadribol. Ok! Viajei muito agora né… vou continuar pensando nos meus sonhos possíveis. Enquanto isso, passo a diante a idéia do projeto. Convido meus amigos a pensarem nos próprios sonhos possíveis, e que entrem na brincadeira postando algo sobre o assunto nos seus blogs. Aline Cabral (Pensamentos Públicos) , Li…!(O olho nem tudo vê) e Déborah ( photo grap hed), agora a brincadeira é de vocês...

http://www.indizivel.com/blog/post/2006/10/23/projeto_sonho_possivel

30 outubro 2006

Conselhos

Ontem me peguei dando conselhos pra Marina! hahahaha Logo eu, e justo pra Marina!
Eu disse que ela devia não me escutar, mas talvez ela tenha escutado. A Marina é a minha amiga mais racional, e provavelmente a pessoa que me ajuda a ser mais racional também. Como ela diz, ela presa sempre pela razão e eu pelo coração. Assim, a gente se dá um equilibrio. E eu sempre me fodo um pouco mais, porque na hora do "vamo ver", esqueço da maldita racionalidade.
E ontem, estávamos lá, sentadas. Ela com medo de parecer meio idiota. Eu dizendo pra ela não se preocupar com isso, porque no fim das contas todo mundo é. E tentando convencê-la, e a mim mesma, que a minha vida é muito mais divertida por conta da minha burrice plena. Talvez minha vida seja mais legal mesmo pelo fato de eu me preocupar em viver tudo, e sem lembrar da palavra 'panaca' que fica escrita constantemente na minha testa. Não ligo mesmo! No fim, fica tudo mais emocionante assim. Acho que ela acreditou em mim. Mas vocês não devem acrdeitar. Não quero ser responsabilizada pela burrice de ninguém! hahahahah

28 outubro 2006

Na onda do Brainstorm!

Novembro, calor, aniversário, vida adulta, faculdade, jornalismo, jornais, blogs, profissão, incerteza, medo, sucesso, fracasso, decepção, pessoas, competência, animalesco, cansaço emocional, sono, solidão, música, silêncio, livros, Clarice Lispector, eleições, reeleições, mentiras, desilusão, falsas utopias, nojo, ratos, democracia, trânsito, pensamentos soltos, devaneios, ironia, deboche, agressividade, arrogância, vaidade, frustração, impaciência, teatro, humildade, televisão, doce lar, filmes, chocolate, divagações, argumentos, telefone, controle remoto, ar condicionado, vontade, auto-controle, desespero, saudade, falta, vazio, escuro, sem-graça, Chico Buarque, Renato Russo, ficção, realidade, irmãos, vida real, projetos, sucesso, medo, incerteza, profissão, jornalista, vida adulta, aniversário, inferno astral, saudade, novembro.

27 outubro 2006

Vou mudar o nome do blog para SAUDADE

Eu gosto da palavra saudade. Segundo o dicionário Priberam, saudade é a lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir.
Muitos autores já tentaram definir o verbete, e também gosto de algumas definições. Há quem diga que “saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue”. Entretanto, apesar de achar uma tremenda pretensão querer explicar sentimento, humildemente criei minha própria explicação.
Saudade é a lembrança dolorosamente prazerosa de um pedaço da gente que morreu, mesmo que ainda estejamos vivos. É a vontade de dar replay no filme da vida, para ficar repetindo sempre a mesma cena.
Saudade é aquela dor que dá no peito às dez da manhã ou às onze da noite, assim que sentimos um cheiro ou escutamos uma música. E algumas vezes, essa dor até nos faz sorrir. É a necessidade de reviver uma coisa que, no fundo, a gente sabe que não existe mais.
Saudade é um vazio, um buraco na alma, provocado pela ausência de quem se fez fundamental, e que nenhuma outra pessoa consegue cobrir. Saudade é a decepção que a agente sente quando acorda de um sonho e percebe que foi só um sonho.
O grupo musical Biquini Cavadão disse que “a saudade acorda a beleza que faz sofrer”. O Chico Buarque disse que “a saudade mata a gente”. Concordo com ambos. Saudade nos consome aos poucos: é um monstro com o qual precisamos conviver. Porque, de repente a gente percebe que, no fim, saudade foi tudo o quê restou…

25 outubro 2006

Silêncio!

Estou em crise criativa...

23 outubro 2006

Jornalismo!

Dia desses, um amigo disse que o jornalismo é um estupro. Concordei. É um estupro intelectual. Às vezes, na minha humilde condição de estudante, me vejo obrigada a escrever sobre coisas das quais não entendo nadinha. E isso, é chato, pra falar a verdade. Muito chato. Como o meu amigo, eu também queria só escrever notinhas inocentes. Quer dizer, não tanto... no começo eu tinha a ilusão de que mudaria o mundo. Tudo brincadeira do destino.
Mas hoje quando estava indo fazer uma entrevista, me senti muito Jornalista. Foi a segunda vez que tive essa sensação, e admito que tava cheia de orgulho de mim mesmo. E fiquei pensando que pra ser jornalista é preciso mesmo aquele dom natural de que tanto falam, uns chamam de talento. Sério! Porque honestamente escolhi uma profissão meio ingrata, rodeada de mitos e um certo glamour, quando na verdade, nós - jornalistas - passamos por certos perrengues. Mais do que cursar uma boa faculdade , a gente precisa de Feeling... quase como um instinto atrás do que é notícia, a curiosidade aguçada e segundo a minha mãe, até um pouco de obsessão pra saber tudo o que acontece. É uma coisa estranha! Porque mesmo não muito empolgada com a faculdade, em situações como hoje, eu sinto uma paixão imensa pelo jornalismo. E não sei de onde vem essa necessidade de saber e informar - certamente, não é hereditário... Acho que a faculdade tá me levando prum mundo paralelo...



Ok! Parei de escrever coisas sem sentidos... preciso escrever coisa úteis.


P.S: Um dia, eu vou descobrir porque eu esqueço tudo o que eu sempre quero dizer quando estou na frente do Computador. Algo como uma amnésia tecnológica, se é que isso existe! SE lembrar de mais alguma coisa, volto mais tarde pra escrever!

Três segundos...

Quase bati o carro hoje na BR. Minhas amigas diriam que isso não é novidade. Ok. Não sou muito boa motorista, na verdade odeio dirigir - e não sei se me esforço pra fazer isso direito. Mas também não sou das piores, eu garanto. Mas hoje quase bati. Durante três segundos, eu tive a sensação de que poderia ter morrido. Olha que viagem! Logo pensei pra quem a polícia ligaria, caso me encontrassse machucada no meio dos destroços. Pra minha mãe é lógico. Mas não gostaria que ligassem pra ela. Gostaria que ligassem pra outra pessoa. Pra dizer que eu não me esforçaria pra sobreviver, porque a vida sem ele anda sem graça demais. Não estou pensando me matar, não se assustem. Só tô dizendo que um pedaço de mim foi embora, e a vida não tá muito divertido sem essa parte que se foi. Daí pensei na reação que ele teria se escutasse alguém dizendo que eu estou morrendo. Foi aí que eu engoli mais um vez meu choro e parei de pensar em morte. Porque lembrei que de uma certa maneira, eu já morri. E não sei o fulaninho chorou por mim.
Ok! Papo depressivo!

20 outubro 2006

"São pensamentos soltos..."

Juro que se eu soubesse a fórmula anti-saudade, eu tomava... mesmo se tivesse bosta de cavalo e veneno de rato dentro! Não suporto mais essa saudade sufocante! Sexta-feira à noite levemente depressiva e completamente musical!



"Eu fiquei até doente, menino. Se eu não mato a saudade, deixa estar... a saudade mata a gente!"
Tanta saudade, Djavan e Chico Buarque



"Baby, nossa relação acaba-se assim, como um caramelo que chega a seu fim"
Garoto de Aluguel, Zé Ramalho




"Serei teu amigo e teu bem. Fica bem, mas fica só comigo."
Comigo, Zeca Baleiro



"Te dei meus olhos pra tomares conta, agora conta como hei de partir."
Eu te amo, Chico



"Eu caio de bossa, eu sou quem eu sou. Eu saio da fosse, chigando e nagô"
A tonga da Mironga do Kabuletê, Vinicius



"Eu já sei o que os meus olhos vão querer, quando eu te encontrar. Com um pedido pra te ver, vão querer chorar, com um sorriso incontido perdido em algum lugar."
Quando eu te encontrar, Biquini Cavadão



"Eu não vou chorar, você não vai chorar. Você pode entender que eu não vou mais te ver por enquanto. Sorria e saiba o que eu sei: Eu te amo."
Dessa vez, Nando Reis


"Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar, com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar."
Valsinha, Chico



"Pois eu, eu só penso. Já não sei mais porquê, em ti eu consigo encontrar um caminho, um motivo, um lugar pra repousar meu amor."
Fingi na hora ri, Los Hermanos



"E se eu fosse o primeiro a voltar e a mudar o que eu fiz, quem então agora eu seria? Ah, tanto faz! E o quê não foi, não é. Eu sei que ainda vou voltar. Mas eu quem será?... Ora, se não sou eu, quem vai decidir o quê é bom pra mim? Dispenso a previsão!"
O velho e o moço, Los Hermanos



"E é pra não ter recaída que não me deixo esquecer que é uma pena, mas você não vale a pena."
Não vale a pena, Maria Rita

19 outubro 2006

Falando de morte!

Hoje cedo minha empregada veio com um assunto do tipo: já sabe quem morreu? Continuo sem saber quem é, porque enquanto ela falava eu prestava atenção na TV (que maldade!). E daí ela falou uma coisa que despertou minha atenção. "A morte é cruel." De repente, vi-me cheia de pensamentos sobre a morte. Tentarei me explicar.
Não sei lidar com a morte, já escrevi isso aqui. Com a morte dos outros. Quando penso na minha prórpria morte, não tenho medo. Não vejo a morte como um fim, acredito nas teorias espíritas. O medo que não tenho de morrer, no entanto, se apresenta em dobro ao pensar na morte das pessoas que eu amo. Como diria Vinicius, "E assim quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive". Isso me assusta, e tenho vontade de chorar só em pensar em viver sem alguém que faz parte do meu convívio.
É isso que me apavora na morte. A impossibilidade do retorno, é o fato de estarmos fadados à saudade, é a obrigatoriedade do afastamento e do intocável. Talvez meu medo se dê por conta da minha imensa dependência dos outros. E me assusto quando me pego pensando como seria minha vida sem determinadas pessoas. Nesse sentido, concordo quando minha empregada diz que a morte é cruel.
Por outro lado, fiquei pensando no alívio em que a morte representa pra algumas pessoas. Sim! A meu ver, mais cruel do que a morte é a vida. Tenho mais medo dos vivos do que dos mortos (clichê isso, né?). As pessoas me assustam, a frieza humana é que me apavora de verdade. Ver gente sobrevivendo com tão pouco, ver gente morrer de frio e fome, ver crianças sendo prostituídas, saber que tem gente que rouba tanto de quem pouco pode dar e mesmo assim dorme tranquilamente, enquanto essa gente que pouco tem, mal dorme. Isso sim é cruel. É disso que tenho mais medo, da minha falta de esperança na humanidade, da minha descrença nesses animais que chamamos de gente, da minha ausência de utopias e desse mundo que não me mostra um caminho de volta.
Não seria a morte, nesses casos, como um bálsamo? Acho que de certa forma, a morte dignifica a vida. Radical isso! Mas é verdade... Se a morte é o destino certo de todos os homens, só ela nos faz realmente iguais...
Consegui me fazer entender?
ok, existe Deus! Mas as pessoas acreditam em Deus de várias formas, isso quando realmente acreditam, isso é questão para um outro dia.

17 outubro 2006

Alô, Papai do Céu!

Com essa história de "portal" fiquei imaginando o que pedir.
Pensei em pedir pra deixar de amar quem já deixou de me amar.
Pensei em pedir pra fazer falta pra quem não sente minha falta.
Pensei em pedir pra esquecer, e decidi logo em seguida que não quero esquecer.
Resolvi pedir então força pra seguir minha vida do jeito que as coisas acontecem.
Pedi saúde pro corpo e pra alma. Pedi tranquilidade pra saber decidir quando é hora de voltar.
Pedi pra que essa ferida aberta no meu coração cicatrize, quem sabe com um novo amor. Ou que apenas cicatrize para eu me permitir um novo amor.
E pedi, com mais força do que tudo, pra parar de sentir essa saudade sufocante, que me tem feito tanto mal e que quase me impede de viver.
E pedi a chance de voltar a ter uma vida digna de gente feliz.
Que assim seja!

Anos 80!!

Ontem estava passando os canais a procura de algo assistivel na TV, e vi uma espécie de debate na MTV sobre os anos 80. De um lado, tinha os que defendiam a década de 80 como uma explosão de criatividade e bom humor. Do outro lado, havia quem dissesse que nesse período, houve uma decadência do rock, influenciado pela moda do POP.
Eu nasci em 85, portanto não vivi de fato essa fase da humanidade. Mas desde maio desse ano, tenho escutado muito do que foi produzido na época, já vi livro que revive os anos 80, tenho amigos que já foram até numa festa chamada de Ploc anos 80, que reúne Gretchen, sidney magal, paquitas e outras figurinhas da época.
Eu gosto do que foi produzido, no sentido cultural, nesse período. Tudo é muito divertido, cafona mesmo. Sou inclinada a essas coisas bregas, nem ligo. E sou do time a favor do revival dessa época. Já teve moda dos anos 60, dos anos 70. Por que negarmos agora que a década de 80 tem o seu valor? Se estamos numa época em que todas as épocas se mesclam, não podemos ignorar o surto cafona/criativo dos anos 80.
Afinal de contas, genialidades como Katia Cega, Balão Mágico, Trem da Alegria e Xuxa estrearam nesse período. E o que seria de mim, se agora não tivesse os sucessos do Trash 80 pra me divertir?
Posso estar falando besteira, quem sabe. Não sou especialista em música. Alguém diga se estou errada. Mas ainda sou a favor de certas cafonices. Por exemplo agora, tô escutando Kaoma.
"Chorando se foi, quem um dia só me fez chorar. Chorando estará ao lembrar de um amor..."
Acho que eram só essas divagações que tinha a fazer.
Se me lembrar de mais alguma coisa, depois eu conto!

Não custa tentar!

Prepare-se hj às 17:10, um raio violeta extra forte chegará no planeta Terra. Pare tudo e peça amor incondicional, paz, tudo de melhor para vc e para o mundo...os pensamentos movem o universo...

Hj,dia 17 esta aberto um portal,devido ao alinhamento dos planetas, haverá uma potencialização de todas as coisas que vc fizer e desejar, pense somente em coisas boas, que elas voltaram mil vezes mais fortes...o Ápice da abertura é as 17:10.....
sintonize-se com o divino........o universo......e materialize coisas boas.......
PAZ



ctrl+c/ctrl+v de uma mensagem do Orku, by Chawki!

16 outubro 2006

A Tonga da Mironga do Kabuletê

Vinicius de Moraes


Eu caio de bossa
Eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa
Xingando em nagô

Você que ouve e não fala
Você que olha e não vê
Eu vou lhe dar uma pala
Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do kabuletê
A tonga da mironga do kabuletê
A tonga da mironga do kabuletê

Eu caio de bossa
Eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa
Xingando em nagô

Você que lê e não sabe
Você que reza e não crê
Você que entra e não cabe
Você vai ter que viver
Na tonga da mironga do kabuletê
Na tonga da mironga do kabuletê
Na tonga da mironga do kabuletê

Você que fuma e não traga
E que não paga pra ver
Vou lhe rogar uma praga
Eu vou é mandar você
Pra tonga da mironga do kabuletê
Pra tonga da mironga do kabuletê
Pra tonga da mironga do kabuletê

15 outubro 2006

Droga!

Lembrei!
Uma das coisas sobre as quais eu queria escrever era sobre a eterna história do Vigiar e Punir (ou Vigiar ou Punir, tanto faz!).
Ia falar sobre a estranha necessidade do ser humano de ser observado todo o tempo para não fugir das regras. Percebi isso quando vi uma placa assim: "Não jogue lixo aqui. Você está sendo observado". Era uma coisa assim. Será que o tempo inteiro temos que ter alguem vigiando? Caso contrário, todo mundo perde a noção do certo? - se é que existe certo e errado.
Tinha muitas divagações para fazer sobre esse assunto. Mas o Fantástico acabou com a minha brincadeira, porque eles querem falar sobre isso hoje também. Desanimei, esqueci meus argumentos, esqueci até a música que eu havia planejado citar como exemplo.
Droga de Fantástico! Estragou tudo!

14 outubro 2006

Pois então!

Tinha várias coisas pra escrever hoje... ontem pensei em vários assuntos, várias colocações a fazer.
E quando parei pra emfim escrever, esqueci tudo o que tinha a dizer.
Deve ser uma boa oportunidade pra eu ficar calada mesmo.
Se eu me lembrar de algo, volto mais tarde!

12 outubro 2006

Dia das Crianças!

Boa tarde, Blog amigo!
Hoje é dias das Crianças, e a única coisa que ganhei foi um resfriado, e nem foi da minha mãe. Minha mãe insiste em me chamar de criança, hoje estávamos passando por uma rua e vimos um vendedor de bonecos infláveis. A minha mãe ainda acha que a Minnie é a minha cara - e eu nem gosto da Minnie! Graças a Deus, meu pai teve o bom senso de dizer que eu sou mais bonita, e meu irmão teve a percepção pra notar que eu já não gosto mais de bonecos.
Eu não ia pedir presente de Dia das Crianças, porque se quero ser tratada como adulta, então não posso querer ganhar presente hoje. Mas considerando a colocação da minha mãe sobre a Minnie inflável, e considerando que meu perfume está acabando, arrisquei e pedi um vidro de novo.
Fora isso, Blog amigo, meu Dia das Crianças tem sido bem parado, até decepcionante. Não posso me queixar de todo o mundo, porque ainda tem a Li que tem paciência comigo, e percebe a minha necessidade de estar acompanhada num dia como hoje. Mas posso reclamar das outras pessoas. Ahhh, as pessoas. Não me acostumo com as pessoas, não me acostumo com as decepções que elas me causam. Será que um dia, hei de aprender a não esperar nada de ninguém, para não me decepcionar? Será minha resolução de ano novo, eu acho. Por enquanto, eu continuo esperando meu telefone tocar.
Era isso, Blog amigo... por enquanto era tudo o que tinha pra contar.
Obrigada por mais uma vez me escutar! (rimou!)
Vou me arrumar... enfim, alguém sentiu a minha falta!

11 outubro 2006

Desabafo

Bom dia, Blog amigo...
Hoje eu não acordei muito bem, e como sabes, tens sido meu melhor amigo nas últimas semanas. Ontem a Soraya disse que era bom me ver sorrindo de novo, mas ela não sabia que meu sorriso não era muito verdadeiro. A Li pediu pra eu deixar as pessoas me ajudarem, mas como deixar as pessoas me ajudarem se meus amigos andam ocupados demais pra perder tempo comigo? Acordei com dor de gargante e enxaqueca... é meu psicológico de novo tomando conta do meu corpo. Minha garganta dói pela acúmulo de coisas a serem ditas sem que eu possa dizer.
Ontem também eu perguntei pro Leo porque eu tenho me sentido tão sozinha se as pessoas dizem gostar tanto de mim. Onde estão as pessoas que gostam tanto de mim agora? Sim, sou dependente! Sim, não sei ficar sozinha! Tô tentando aprender, eu juro. Mas cadê todo mundo agora? Cadê meus amigos que seriam eternos? Ok! Estão ocupados por conta dos afazeres da vida adulta. Seria muito pedir pra eles notarem a minha necessidade?
Pois é, Blog amigo. O problema é todo meu, ninguém é obrigado a me aturar agora. Tô com vontade de gritar, mas as pessoas provavelmente achariam que eu enlouqueci de vez. Talvez eu pinte meu nariz de vermelho e suba num poste, é uma idéia para chamar a atenção. Enquanto eu não decido o que fazer, eu recorro ao meu amigo Bromazepan e a minha amiga Fluoxetina, que não me deixam na mão. E fico na companhia do Renato, do Chico, do Carlos, da Clarice, porque eles têm conselhos pra me dar por enquanto.
Era isso! Obrigada, Blogg amigo, por me escutar mais uma vez. Vou lá ver TV e esperar que alguém sinta a minha falta.
Até logo!






ok! estou depressiva!

Dez anos sem Renato Russo

Quando Renato Russo morreu eu só tinha dez anos. E dez anos depois, não é que o gênio continua acertando? As letras dele são muito reais, e muitas de suas músicas fazem parte da minha própria trilha sonora. E sim, são bem atuais.
Infelizmente, nunca pude ir a um show da Legião e pouco sabia sobre Renato Russo enquanto ele era vivo. Sabia que ele tinha Aids, era gay e drogado - o bom e velho preconceito familiar. Esqueceram de me contar que ele era um grande poeta, uma pessoa admirável por sua obra, e que, como muitos poetas, tinha depressão. Por isso as músicas tão tristes, tão cheias de amargura, as músicas que fazem a gente mesmo entrar em depressão.
As músicas da Legião entraram na minha vida um pouco antes de o Renato morrer, eu acho, e muito or acaso. E Não sairam mais. Sou fã. E hoje estou de luto, mais do que quando tinha dez anos. Luto pela morte da oportunidade de conhecer melhor quem era Renato Russo realmente.

Vou colocar a música que é provavelmente a que mais gosto da Legião Urbana! Ela consegue me explicar melhor do que eu mesma...


Sete Cidades
Legião Urbana

Composição: Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Marcelo Bonfá

Já me acostumei com a tua voz
Com teu rosto e teu olhar
Me partiram em dois
E procuro agora o que é minha metade

Quando não estás aqui
Sinto falta de mim mesmo
E sinto falta do meu corpo junto ao teu

Meu coração é tão tosco e tão pobre
Não sabe ainda os caminhos do mundo

Quando não estás aqui
Sinto medo de mim mesmo
E sinto falta do teu corpo junto ao meu

Vem depressa pra mim
Que eu não sei esperar
Já fizemos promessas demais
E já me acostumei com a tua voz
Quando estou contigo estou em paz
Quando não estás aqui
Meu espirito se perde, voa longe

10 outubro 2006

Fernando Pessoa

De repente, como se um destino médico me tivesse operado de uma cegueira antiga com grandes resultados súbditos, ergo a cabeça, da minha vida anónima, para o conhecimento claro de como existo. E vejo que tudo quanto tenho feito, tudo quanto tenho pensado, tudo quanto tenho sido, é uma espécie de engano e de loucura. Maravilho-me do que consegui não ver. Estranho quanto fui e que vejo que afinal não sou.
Olho, como numa extensão ao sol que rompe nuvens, a minha vida passada; e noto, com um pasmo metafísico, como todos os meus gestos mais certos, as minhas ideias mais claras, e os meus propósitos mais lógicos, não foram, afinal, mais que bebedeira nata, loucura natural, grande desconhecimento. Nem sequer representei, Representaram-me. Fui, não o actor, mas os gestos dele.
Tudo quanto tenho feito, pensado, sido, é uma soma de subordinações, ou a um ente falso que julguei meu, por que agi dele para fora, ou de um peso de cisrcunstâncias que supus ser o ar que respirava.
sou, neste momento de ver, um solitário súbito, que se reconhece desterrado onde se encontrou sempre cidadão. No mais íntimo do que pensei não fui eu.
Vem-me, então, um terror sarcástico da vida, um desalento que passa os limites da minha individualidade consciente. Sei que fui erro e descaminho, que nunca vivi, que existi somente porque enchi tempo com consciência e pensamento. E a minha sensação de mim é a de quem acorda depois de um sono cheio de sonhos reais, ou a de quem é liberto, por um terramoto, da luz pouca do cárcere a que se habituara.
Pesa-me, realmente me pesa, como uma condenação a conhecer, esta noção repentina da minha individualidade verdadeira, dessa que andou sempre viajando sonolentamente entre o que sente e o que vê.
É tão difícil descrever o que se sente quando se sente que realmente se existe, e que a alma é uma entidade real, que não sei quais são as palavras humanas com que possa defini-lo. Não sei se estou com febre, como sinto, se deixei de ter a febre de ser dormidor da vida.
Sim, repito, sou como um viajante que de repente se encontre numa vila estranha sem saber como ali chegou; e ocorrem-me esses casos dos que perdem a memória, e são outros durante muito tempo. Fui outro durante muito tempo - desde a nascença e a consciência -, e acordo agora no meio da ponte, debruçado sobre o rio, e sabendo que existo mais firmemente do que fui até aqui. Mas a cidade é-me incógnita, as ruas novas, e o mal sem cura. Espero, pois, debruçado sobre a ponte, que me passe a verdade, e eu me restabeleça nulo e fictício, inteligente e natural.
Foi um momento, e já passou. Já vejo os móveis que me cercam, os desenhos do papel velho das paredes, o sol pelas vidraças poeirentas. Vi a verdade um momento. Fui um momento, com consciência, o que os grandes homens são com a vida. Recordo-lhes os actos e as palavras, e não se não foram também tentados vencedoramente pelo Demónio da Realidade. Não saber de si é viver. Saber mal de si é pensar. Saber de si, de repente, como neste momento lustral, é ter subitamente a noção da mónada íntima, da palavra mágica da alma. Mas essa luz súbita crespa tudo, consume tudo. Deixa-nos nús até de nós.
Foi só um momento, e vi-me. Depois já não sei sequer dizer o que fui. E, por fim, tenho sono, porque, não sei porquê, acho que o sentido é dormir.

Fernando Pessoa, "roubado" de um blog

09 outubro 2006

?

Fim de semana conturbadíssimo...
Eu que esperava passar dois dias muito tranquilamente, vi a vida dar uma girada bem na minha frente!
Sábado recebi a notícia da morte de um amigo do meu pai. Amigo daqueles que a gente conhece desde criancinha, daqueles que marcam a nossa vida de alguma maneira, mesmo que a gente não admita isso publicamente. De novo, a sensação de vazio que a morte me traz, de novo a certeza de que preciso aprender a lidar com esses fins, e com o fim da vida de alguém.
O Lisboa foi quem me ensinou a pescar, e quando soube da morte dele, só conseguia me lembrar de um dia em que fomos pescar em alto mar, eu, ele e meu pai, e o Mar. E ele me ensinando a ter paciência pra esperar o peixe, ou dizendo pra eu olhar mais fundo no mar que eu enxergaria coisas mais bonitas... sem querer, ele dava mais do que conselhos de pesca. O Lisboa era como aquele tio que a gente sempre sabe que vai encontrar na casa da vó - no meu caso, na casa de praia - e que se a gente não encontra, sente a maior falta, porque o lugar fica vazio demais. E a pessoa nem sabe que tem essa importância na nossa vida.
E mais do que tudo, doeu em mim ver a dor do meu pai. O Ricardão que é pra mim, e pra muita gente, um exemplo de força balançou. E eu, como toda mulherzinha, odeio ver homens chorando, principalmente se for meu pai. Não, ele nem chegou a chorar... mas tenho certeza de que ele tava sentindo uma dor imensa, porque perdeu um amigo muito importante. E senti a dor dele, e mais uma vez veio o velho medo de perder as pessoas importantes pra mim.
Eu não sei perder pessoas, não consigo me afastar, não sou forte o suficiente pra isso, não aprendi a lidar com isso. Talvez seja fraqueza, talvez um pouco de covardia... não sei! Quem sabe, eu aprenda um pouco agora, asim como um dia eu aprendi a pescar...

07 outubro 2006

P.S:

Acabei de chegar a conclusão que estou anti-social nas últimas semanas.
Preciso recuperar minha sociabilidade, se é que isso existe!
Depois eu penso nisso... deixa eu ficar sozinha. Só por hoje a tarde!

Hummm

Fim de semana totalmente eu comigo mesma. Será que eu ainda me suporto? "Que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável...", diria Oswaldo Montenegro. Eu não sei ao certo. Acho que ainda me aturo por uns dias. Tô reaprendendo a ficar sozinha, e garanto: nem sempre é fácil. Espero que pelo menos hoje e amanhã eu não me ache torturante.
Vou ficar acompanhda de livros amigos - ah Clarice, obrigada por existir. E Harry Potter também! E acompanhada do fiel escudeiro Macintosh, que nunca me deixa na mão. E graças a Deus, inventaram esse tal de Telecine, que na maioria das vezes supre minhas necessidades cinematográficas.
Tô acompanhada também da barra de chocolate, amiga da onça, eu sei, mas nesses dias me faz um certo bem. E tem o celular maldito que não toca com frequência, mas eventualmente recebe uma chamada de amigos inesperados.
Tenho uns textos pra ler, mas acho que ainda prefiro ficar sozinha; é a velha "história de antes só do que mal acompanhada".
Hummm... telefone tocou, uma visita inesperada! Obrigada senhor, por atender minha prece silenciosa. E obrigada família por me incomodar quando eu quero ser incomodada - e quando eu não quero também!
Depois eu escrevo mais!

04 outubro 2006

...


"Aprendi que o meu silêncio vale mais"
Fagner

29 setembro 2006

Encontros

Essa semana, pra mim, foi uma semana de encontros. No domingo encontrei a Marília, a Júlia e a Luiza, meninas que estudaram comigo no Catarinense e que não via desde a nossa formatura, praticamente. Ontem encontrei a Flávia e conheci a filha dela, a Vitória - linda, uma boneca, fiquei encantada e juro, tive vontade de ter um filho. E depois ainda encontrei a Déborah. Amiga desde o tempo do Dom Jaime, pessoa que encontro uma vez por ano, mas mesmo assim, por quem guardo imenso carinho e que preservo na minha curta lista de amigos verdadeiros. Sim! amigos desses que não preciso ver todos os dias, pra saber que são verdadeiros, desses que permitem que sejamos livres, que tenhamos outras pessoas e que, mesmo assim, nos oferecem a mão quando as coisas se complicam.
Nós duas colocamos nossas vidas mais ou menos em dia, acabamos conversando sobre outras pessoas, dessas que a vida nem trata de afastar muito em termos geográficos, mas que ideologicamente quase param no tempo, e não acompanham nosso crescimento. Voltei pra casa com uma sensação de satisfação imensa misturada com uma certa frustração por ter me afastado de gente que gostaria ter por perto mais vezes, mas que a vida adulta - ou pseudo-adulta, com diz a Déborah - não permite, porque temos responsabilidades e falta tempo pra dedicar a certas amizades antigas. Às vezes, é muito chato "crescer"!





Sim! Ando nostálgica ultimamente!

28 setembro 2006

Contrato de amor

Tenho amor para dar. Troco por carinho, atenção e disposição para ser feliz. Não peço mais do que mereço, apenas o suficiente. Exijo, contudo, tudo o que tens a oferecer. Se o tudo for pouco, não me importo, desde que eu tenha tudo. Aceito ligaçoes de madrugada, palavras ditas ao léu, flores, músicas, bilhetes. Do contrário, não quero. Vou procurar alguém que seja disposto a valorizar minha maneira louca de amar.

Quero um amor por inteiro, alguém que queira amar até doer e pense que ver o pôr-do-sol comigo, seja o melhor programa para domingo. Quero alguém que divida os problemas, mas também as coisas boas, o chocolate, a coca-cola e a cama.

Alguém capaz de me acalmar com um abraço e para quem eu possa correr quando o medo tomar conta de mim. Aliás, quero alguém que se preocupe comigo, que me mande calçar um chinelo, colocar um casaco, comer direito. Que cuide de mim e que me queira bem em tempo integral.

Quero alguém que saiba entender que passar tardes ociosas com meus amigos, pra mim é muito importante. Quero alguém avesso à preconceitos e que adore meus amigos tanto quanto eu. Quero alguém que me apresente para os amigos com orgulho no olhar – e de mãos dadas.

Preciso de alguém que respeite meu gosto musical diversificado, que cante comigo a Valsinha, do Chico e que me acompanhe quando eu resolver sambar. Quero alguém que ache engraçado quando eu exagerar na champanhe – e se eu resolver cantar aos gritos minha música preferido, então que cante junto - e que no outro dia, vá a farmácia comprar Epocler.

Quero passar meus fins de semana fazendo nada e admirando a beleza de alguém que também me admire, mesmo às sete da manhã ou com meus constantes quilos a mais. Quero andar de mãos dadas no supermercado, no shopping, na vida. Quero sair de carro, procurando lugares bonitos para admirar enquanto sou mimada.

Quero um companheiro para as minha aventuras, minhas loucuras, alguém para quem eu possa ligar a qualquer hora do dia e da noite. E quantas vezes me der vontade de ligar. Alguém que me dedique poesias e cante músicas baixinho no meu ouvido – ou que toque no violão a música que eu quiser escutar.

Dispenso as dúvidas, a indiferença e o medo do futuro. Quero viver o presente e ser capaz de me encher de sonhos. Quero fazer planos, projetar uma casa, escolher nomes de filhos, mas que essas coisas não façam sombras aos meus dias de adolescente apaixonada. Quero voltar a ser uma adolescente apaixonada, e andar de mãos dadas na praia.

Sim, tenho muito amor para dar. E não peço muito em troca.. Apenas alguém que seja capaz de amar tanto quanto eu. Preciso de alguém que me diga o quanto sou indispensável. Quero alguém capaz de enfrentar o mundo por mim, e que saiba que isso realmente vale a pena.


Jully Anne Fernandes
08/03/06

Música

Existe coisa mais linda do que música?
Parei pra pensar nisso no show dos Engenheiros do Hawaíi, dia desses. Quem me visse, pensaria até que eu estava apática diante do espetáculo. Ah, mas se as pessoas pudessem enxergar o que em mim se passava! Fiquei admirando o momento. A banda tocando, a platéia acompanhando, a maioria absorvidos no mesmo ritmo, na mesma melodia, na mesma poesia.
Coisa fantástica essa de cinco - ou sei lá quantos - instrumentos tocarem em tamanha sintonia, que faz a gente viajar, o corpo balançar. Alguém já parou pra pensar que coisa linda é fazer música? É tanta harmonia, que chego a me arrepiar.
Sim! Fico sem palavras pra me fazer entender. Acho que tem gente que ouve música, como ouve a qualquer outro barulho no mundo. Mas eu fico assim, escrevendo, pensando na vida e escutando Chico - obrigada Grazi, por me apresentar ao Chico também! - e fico com inveja porque meu talento é muito pequeno perto dele. Escuto Los Hermanos, Maria Rita, Zeca Baleiro, qualquer coisa e fico encantada, e de certa forma morrendo de inveja. Mas sou grata porque eles falam por mim. Pena que não dá pra colocar música aqui no blog.

27 setembro 2006

Hoje

Fiz algo de que estava precisando.
Passei a tarde na cama, embaixo das cobertas. De pijama e tomando chocolate quente.
Precisava me esconder do mundo pra encontrar quem sou eu mesma. Essa dúvida tem me atormentado, e o silêncio sempre fala muitas coisas nessas horas.
Hoje meu nome é Saudade - de alguém que não vai voltar nunca mais porque, de certa forma, já morreu. Hoje sou uma melancolia em forma de gente, sou uma tristeza, um choro seco. Hoje sou um grito que se cala, sou o rosto lindo sem o sorriso lindo, sou os olhos azuis e tristes. Sou o coração apertado, sou o medo que tenho de mim mesma.
Hoje sou a criança que a minha mãe diz que eu sou - Sim, mãe! Tens razão. Hoje sou o meu prórprio erro e a não-tentativa de acertar. Sou um pouco de música - do Los Hermanos - e um pouco de poesia. Sou tédio, tristeza, arrependimento, orgulho ferido, necessidade, hábito, perda e um tantinho de amor.
Sou tudo isso que contém uma Jully em algum lugar. Só hoje! Amanhã tô de volta!

26 setembro 2006

Telefonema ilustre

Não gosto muito de falar de política, nem deixar evidente minhas inclinações partidárias. Quer dizer, não tenho inclinações a nenhum partido. Apenas sou alheia a outros.
Mas me vi na obrigação de contar que hoje o Presidente Lula me ligou. Sim! Não tinha como não reconhecer a voz, nem a língua travadinha. Quando ele se identificou, deu vontade de desligar na cara, como forma de protestar. Mas esperei que ele me falasse o que queria. E ele falou dos beneficios do fome zero, e mais alguma coisa que não me lembro bem. Daí ele, enfim, pediu meu voto! Mas quando eu fui questionar e perguntar porque ele é sempre tão alheio ao que acontece nessas CPI's, quando quis saber porque ele não estuda um pouco para poupar o povo brasileira da vergonha de ter um presidente que fala tanta asneira quanto ele (a melhor de todas: eis que nosso Excelentíssimo Presidente discursa em Johanesburgo e solta: nem parece que estou na África, porque a cidade é muito limpa e têm muitos brancos na rua! ai Presidente, não faz isso comigo!), quando eu quis saber porque ele mudou tanto seus conceitos políticos quando chegou `a presidência, ele desligou na minha cara! Droga!
Era só uma gravação!

25 setembro 2006

Meu problema é que eu penso demais!

Hoje eu tô assim. A inércia tomou conta de mim. Tô o dia todo pra escrever uma matéria sobre eleições pra entregar amanhã de manhã, e não passei do título. Meu corpo dói, minha cabeça também, até uma gripe começou a me dominar. Meu psicológico me domina completamente. Quando não tô muito bem emocionalmente, meu corpo logo sofre. E meu poder criativo também.
Tô quase me deixando derrubar por isso tudo. Minha tendência a depressão hoje foi mais forte do qualquer coisa. Tô cansada emocionalmente. O william, esses tempos, disse que eu ia surtar logo logo. Acho que já comecei. Tô com aquela sensação de mediocridade - odeio pensar em ser medíocre. Sensação de não estar fazendo as coisas certas. Sensação de impotência. E aquela perguntinha: será que tá valendo a pena? Será que fiz as escolhias que era pra ter feito? Eu já nem sei mais.
O Argos - acho que é o Argos - diz que meu problema é que eu penso demais. E sinceramente eu concordo. Refletir demais dá trabalho, e as pessoas que não pensam tanto são mais felizes - tenho essa teoria há um tempão. Mas hoje, de novo, tive que concordar com o Argos. O problema é que por pensar demais, acabo achando muitos problemas - e nem sempre encontro soluções. Além do que, penso demais em quem não deveria pensar.
Pra complicar a minha vida, tem essa saudade absurda que me invadiu. Engraçado porque no sábado conheci um carinha muito fofo, e parece que minha saudade da criatura ficou maior do que já era. Não sei o que aconteceu. Por que eu sinta tanta falta? Eu não entendo. Só consigo pensar que quero vê-lo. Daí eu fico assim. Vontade de não sair da cama nunca mais, vontade de dormir, dormir, dormir, dormir e dormir mais um pouco. Vontade de apertar o botão Desliga e não pensar em nada. Vontade de não precisar fazer nada. Será que preciso de férias? Pode ser. Mas meu cansaço não é tanto físico. É mais emocional, mesmo. E pra isso, não sei onde se tira férias.

Mais saudade!

Desde ontem eu tenho sentido uma saudade absurda... como já disse, saudade que dói mais do que cólica e dedo trancado na porta. Sei que estou sendo repetitiva nesse assunto, mas é que às vezes acho incrível. Sabe quando dá vontade de arrancar a pessoa da lembrança e abraçar? Tô assim mesmo... Sinceramente, nem sinto vontade de fazer mais nada... sentei e resolvi desprezar o tempo, mas ainda há mais pra esperar. Todas a músicas me fazem lembrar de uma pessoa só, e quando fecho os olhos é o rosto dele que me vem à tona. Gente, é horrível. Eu tento não pensar, mas não adianta.
Eu faço então um apelo: se alguém tiver um remédio que me cure desse mal, por favor me fala. Porque as minha táticas não estão funcionando. Credo! Não quero mais sentir isso!

23 setembro 2006

Errata!

No dia 17 de setembro, escrevi sobre meu inferno astral. Coloquei aqui que tenho me surpreendido negativamente com muitas pessoas. Tudo bem, eu confesso! Tinha uma boa dose de carência e TPM no momento em que escrevi aquilo.
Sim! Me decepcionei com algumas pessoas... e muito mesmo!
Mas também tenho feito amigos maravilhosos, tenho tido boas surpresas, tenho descoberto amigos em quem eu não esperava. E amo a cada um deles infinitamente. E agradeço por tê-los por perto!
Perdoem pelo exagero - sou sagitariana, tenho tendência ao drama!
Esses dias coloquei no orkut que há tempos tinha esquecido o quão importante são os amigos nas nossas vidas, e apesar de todo o ocorrido - e tal vez por todo o ocorrido - lembrei novamente que nåo sei ser coisa alguma sem meus amigos comigo.
Desculpem por ter esquecido disso quando escrevi na semana passada. And thanks for all!

22 setembro 2006

Há um ano

Exatamente há um ano atrás, eu estava numa cama de hospital - lembrar disso merece uma postagem. Calma! Não se assustem! Não infartei, embora a dor que eu senti chegava, por vezes, a me fazer pensar que não suportaria.
Eu que achava que estava sentindo uma dor no quadril por causa do excesso de tempo em que permanecia sentada, levei um tremendo susto ao descobrir que, na verdade, minha dor era causada por um tal de cisto pilomidal, que se instala no coccix - vulgarmente conhecido como cofrinho.
Isso! Pense numa agulha espetada no seu coccix. Pra qualquer lado que você se mexe - vertical ou horizontalmente - dói. E dói muito. Uma dor absurda, que não desejo pra ninguém. Fiquei uma semana na cama, antes de fazer a cirurgia. E mais umas duas semanas evitando andar, sem poder subir e descer escada, fugindo de cadeiras e sofás. Sem contar que - agradavelmente - a cirurgia não requer ponto, uma vez que a região necessita fechar naturalmente. Ou seja, depois de toda a imensa dor, fiquei um mês com um buraco no coccix, e mais uns dois meses com aquela ferida ali. São três meses, no total, fazendo curativos diários - a situação é bem humilhante. O negócio todo, falando assim, é meio nojento. Mas acreditem. A dor é além, muito além do que eu consigo explicar.
Eu tive certeza, naquela época que eu era alguém muito ruim, para ser merecedora de tanto sofrimento. Depois de uma semana dentro de casa, olhando o mundo pela sacada do quarto, lembro que saí agradecendo muito por poder voltar a vida, foi um alívio imenso ver as coisas de perto novamente.
Nem sei porque quis escrever sobre isso. Acho que quis compartilhar um pouco do meu sofrimento daépoca, embora com certeza ninguém consiga entender realmente o inferno pelo qual passei. De qualquer forma, é bom desabafar. hehehe. E não custa dizer... esse tal cisto pode acontecer com qualquer pessoa, então fiquem ligados quando sentirem uma dor estranha no famoso cofrinho.

21 setembro 2006

Sonhos!

Hoje me lembrei de que quando eu era criança, eu tinha dois sonhos. Um deles era de ser uma grande escritora. Quando eu era criança, era mais fácil acreditar nos meus sonhos, como diz a Déborah, têm coisas que a vida pseudo-adulta trata de destruir. Mas, de qualquer forma, enquanto pensava nisso, renasceu em mim a vontade de escrever o tal livro. Não tenho a pretensão de ser uma grande escritora, sou mais inclinada a ser uma Bartleby - aquele personagem, acho que do Melville, que ficou conhecido pela sua preferência a literatura do não.
Aliás, muito provavelmente não tenho talento para ser também uma grande escritora. Meus planos, ultimamente, têm sido menos pretensiosos. Me contento com a idéia de escrever um livro, plantar uma árvore e (quem sabe) ter um filho. Meu livro não precisa ser um best-seller, e minha árvore não precisa ser um baobá, basta apenas que sejam meus, minha obra, minha arte, um pouco de mim.
Meu livro, no entanto, já comecei a plajenar como será. Terá algumas poesias de eu menina, alguns textos meus - claro! - de eu já grande - e uma parte dedicada a Drummond, Clarice e Vinicius. Sim! Porque eles merecem todo o espaço do mundo.
Queria saber escrever metade do que eles sabiam. Melhor! Queria ser capaz de sentir metade do que eles sentiam. Porque escrever, sinceramente, todo mundo sabe. É técnica. Mas ser artista das palavras é privilégio consentidos a poucos. E pra ser artista tem que ser capaz de sentir muito, amar muito, sofrer muito, ficar muito feliz, ser descontente o tempo inteiro. Talvez eu esteja no caminho, mas ainda falta muito pra chegar lá.

Vinicius de Moraes

Soneto da Separação


De repente do riso fez-se o pranto
Silêncioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

19 setembro 2006

Frases De Clarice!

Já escrevi sobre a Clarice aqui, mas por ela me permito ser redundante. Alguém falou que ela é melancólica. Perdoa Senhor, eles não sabem o que dizem! Não sei quem foi, e nem por que motivo falou isso... mas escolhi trechos, citações, frase da musa, pra mostar que o quê ela escreve é lindo!!


"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: pelo menos entender que não entendo."


"Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca."


"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada."


"Na minha impureza eu havia depositado a esperança de redenção nos adultos. A necessidade de acreditar na minha bondade futura fazia com que eu venerassse os grandes, que eu fizera à minha imagem, mas uma imagem de mim enfim purificada pela penitência do crescimento, enfim liberta da alma suja de menina. E tudo isso o professora agora destruía, e destruía meu amor por ele e por mim. Minha salvação seria impossível: aquele homem também era eu. Meu amargo ídolo que caíra ingenuamente nas artimanhas de uma criança confusa e sem candura, e se deixara docilmente guiar pela minha diabólica inocência."



"A realidade era o meu destino, e era o que em mim doía nos outros. E, por Deus, eu não era um tesouro. Mas se antes já havia descoberto em mim todo o ávido veneno com que se nasce e com que rói a vida - só naquele instante de mel e flores descobria de que modo eu curava: quem me amasse, assim eu teria curado quem sofresse de mim. Eu era a escura ignorância com suas fomes e risos, com as pequenas mortes alimentando a minha vida inevitável - que podia eu fazer? eu já sabia que eu era inevitável. Mas se eu não prestava, eu fora tudo o que aquele homem tivera naquele momento. Pelo menos uma vez ele teria que amar, e sem ser a ninguém - através de alguém. E só eu estivera ali. Se bem que esta fosse sua única vantagem: tendo apenas a mim, e obrigado a iniciar-se amando o ruim, ele começara pelo que poucos chegavam a alcançar. Seria fácil demais querer o limpo; inalcançável pelo amor era o feio, amar o impuro era a nossa mais profunda nostalgia. Através de mim, a difícil de se amar, ele recebera, com grande caridade por si mesmo, aquilo que somos feitos."

18 setembro 2006

Saudade!

Hoje cheguei a conclusão de que não sinto mais raiva e talvez nem amor. Apenas sinto uma saudade absurda.
Comecei a entender melhor aquele texto mais ou menos assim:

Em alguma outra vida,
devemos ter feito algo de muito grave,
Para sentirmos tanta saudade...
Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé , doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa,
Dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe,
Saudade de uma cachoeira da infância,
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais,
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu,
Saudade de uma cidade,
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem estas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida...

Você podia ficar no quarto e ela na sala, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela pra faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi à consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre culpada,
Se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na internet,
A encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros,
Se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua detestando McDonalds,
Se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias...

Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos,
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento,
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música,
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
É não saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que eu estive sentido enquanto escrevia
E o que você provavelmente estará sentindo depois que acabar de ler...


A sensação, eu garanto, não é muito boa!

Eu hoje joguei tanta coisa fora...

Hoje acordei com essa música dos Paralamas na cabeça, e resolvi colocar em prática. Ontem já escrevi sobre meu Inferno Astral que tá me fazendo aprender um monte de coisas, inclusive a selecionar o que me é útil. Ataquei meu armário, tirei meus sapatos velhos pra dar lugar aos novos, tirei a poeira do armário, dei uma limpadinha do que ainda vai ficar comigo. O resto, tô passando pra frente. Fiz com os sapatos e vou fazer com as pessoas da minha vida.
Assim como os sapatos, as pessoas têm que ser renovadas as vezes. Tô colocando de lado quem não merece o privilégio do convívio comigo pra dar oportunidade a outras pessoas. Precisei, de novo, me decepcionar pra enxergar isso, pra perceber que algumas pessoas estão precisando da minha atenção e talvez eu não esteja focalizando bem minhas energias. E que bom que essas pessoas são pacientes o suficiente, a ponto de terem me dado o tempo que precisei pra perceber isso. Os sapatos já foram. As pessoas estão indo. E que venham novos. Sapatos e pessoas.






Obs: Vou colocar a letra da música completa, caso alguém se interesse!




Tendo A Lua
Paralamas Do Sucesso


Hoje joguei tanta coisa fora
Vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim

O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu
E lendo teus bilhetes, eu penso no que fiz
Querendo ver o mais distante e sem saber voar
Desprezando as asas que você me deu

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
mas de bailarinos
e de você e eu.

Hoje joguei tanta coisa fora
E lendo teus bilhetes, eu penso no que fiz
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
mas de bailarinos
e de você e eu.

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
mas de bailarinos
e de você e eu.

17 setembro 2006

Inferno astral!

Meu inferno astral esse ano chegou mais cedo. Só pode ser. Tem acontecido uma coisa atras da outra. Não sei se é bom ou ruim. Acho que é bom, no fim das contas! Só sei que to aprendendo. Aos trancos e barrancos, to ficando mais forte.
Ontem me lembrei de novo o quanto me surpreendo com as pessoas - ultimamente mais pra coisas ruins. Fiz um brinde à minha burrice, eu merecia. Acredito nas pessoas, e me dou mal. Também brindei a babaquice alheia, porque naquele caso também merecia. Tive crises ( e uma ajudinha do álccol no corpo!) e chorei muito. Chorei porque preciso aprender a ser sozinha, infelizmente. Chorei porque não posso contar com a maioria das pessoas e isso me dói muito. Chorei porque eu sou um tantinho medíocre - logo eu! - por não ter aprendido antes o quê tô aprendedno agora. Chorei igual a criança! E dormi com aquela frase do Moulin Rouge na cabeça: Obrigada por me curar dessa ridícula obsessão pelo amor!
Bem vindo Inferno-Astral. Esse ano, pelo visto, a festa também será sua!

Um Dia de Domingo

Eu preciso te falar
Te encontrar de qualquer jeito
Pra sentar e conversar
Depois andar de encontro ao vento
Eu preciso respirar
O mesmo ar que te rodeia
E na pele quero ter
O mesmo sol que te bronzeia
Eu preciso te tocar
E outra vez te ver sorrindo
E voltar num sonho lindo
Já não dá mais pra viver
Um sentimento sem sentido
Eu preciso descobrir
A emoção de estar contigo
Ver o sol amanhecer
E ver a vida acontecer
Como um dia de domingo
Faz de conta que ainda é cedo
Tudo vai ficar por conta da emoção
Faz de conta que ainda é cedo
E deixar falar a voz do coração.








Musiquinha! Só pra não ficar muito tempo sem postar nada!

13 setembro 2006

Oi, eu sou a Jully!

Agora que me dei conta que nunca me apresentei aqui. É que como é blog pessoal, imaginei que não seria necessário. Mas vai que entra alguém que não me conhece, né! Antes tarde do que nunca....

Oi, Meu nome é Jully! (oooiii Jully!)
Tenho 20 anos, moro em São José, Grande Florianópolis, SC.
Sou sagitariana. E a partir daí posso explicar um monte de coisas. Primeiro que sou exagerada: não consigo ficar triste e alegre... eu morro e renasço, meu coração fica partido em mil pedaços e logo junta tudo e tô pronta pra outra. Quando amo, amo muito. E quando deixo de amar, sempre sobra um tantinho de raiva, ainda não consegui descobrir porque.
Não gosto, detesto, tenho pavor de rotina... A minha vida, eu preciso mudar todo dia. Amo música, não vivo sem e sou a maior frustrada por não ter uma voz lindissima, tipo Whitney Houston. Daí aprendi a escrever, e escrever virou um vicio, uma necessidade, uma fuga. E também minha futura profissão. Estudo para ser jornalista, e o escrever é minha ferramente de trabalho. E claro! Adoro ler! Qualquer coisa, até bula de remédio... mas nenhum livro foi tão marcante quanto o Pequeno Príncipe. Amo! Ele é como se fosse eu, e quem conhece o principezinho conhece um pouco de mim.
Sou dependente, carente, neurótica, surtada, obsessiva, compulsiva, às vezes depressiva. Mas eu sou legal. E se interessar vai ter que gostar de mim assim mesmo. A propósito, detesto que me peçam pra mudar... Quem quiser me levar pra casa, tem que levar o pacote completo. Não que eu seja inflexível. Pelo contrário, vivo em constante mudança. Mas não faço para agradar aos outros, então que ninguém tente me moldar. Na maioria das vezes, sou alguém divertida e fácil de se conviver. Sou engraçadinha, muitas vezes. Mas por favor, não me deixem criar abuso.

Tenho um probleminha em terminar meus textos. Assim como pra terminar quase tudo que acontece na minha vida. Não consigo fechar meus ciclos, eu acho... qualquer dia, volto pra terapia pra resolver isso também.

Cansei de tentar me explicar... Ai isso tá virando auto-análise. Será que alguém lê?
Quem se importa... faz assim... lê os textos. Entra e fica a vontade!

Aiiii!!!

Acho que tenho Distúrbio Bipolar. Cheguei a essa conclusão hoje. Falei pra Marina, ela disse que a maioria das pessoas que têm esse Distúrbio são loucas. Nunca nenhum médico me deu atestado de normalidade. Pelo contrário, considerando a presença do Toquinho na minha vida, sempre os médicos se inclinaram mais à minha loucura!
Isso comprova a minha teoria de hoje. E de certa maneira me consola. Ontem eu estava suuuper bem, linda, independente e bla bla bla. E hoje fui totalmente consumida por uma saudade absurda. Saudade que dói mais do que cólica, mais do que dedo trancado na porta. Meu coraçãozinho tá apertado. E agora tô com mais medo do que estava antes.
Tô aqui lutando contra o celular. Lutando pra me manter afastada e pra não ligar pr'aquele número que por mais que eu apague, já sei de cor - e que fica se repetindo na minha cabeça. Não posso ligar, já sei. Tenho que esperar, também já sei. Mas confesso que tá bem difícil. Culpa do tal distúrbio - não minha.
As horas viraram dias, e quando vi, já passou uma semana. UMA SEMANA é a eternidade pra quem ama. E eu que achava que não sabia mais viver sem - tô aprendendo a viver sem. E, Senhor, podia ser mais fácil né. Podia não ser tão importante, podia não fazer tanta falta, podia não ser tão simples de amar, podia, ai podia!
Ô, meu Deus! Qua coisa é essa que tomou conta de mim? Não quero mais, já disse... Ai saudade!! Ai falta que me faz! Ai orgulho maldito que me mantém afastada! Ai vida que separou a gente! Ai amor novo que não chega pra me consolar! Ai vida que não dá um sossego pra meu coração aflito!!

12 setembro 2006

Vamos fazer um filme!


Se a minha vida fosse um filme, a cena que estaria passando agora, seria algo como eu andando meio com pressa no meio da multidão... pressa de viver, de esquecer o que passou, de encontrar um novo amor. Ou então, ficar sem amor mesmo, e dedicar todo o meu amor a minha pessoa, que tá precisando de mim, de carinho!
A música de fundo seria aquela do Caetano que é mais ou menos assim: "De hoje em diante vou modificar o meu modo de vida. Naquele insatante em que você partiu destrui nosso amor. agora não vou mais chorar, cansei de esperar, de esperar enfim. E PRA COMEÇAR SÓ VOU GOSTAR DE QUEM GOSTA DE MIM." Linda né... eu adoro... tem caído como uma luva pra mim! Por isso, que entrou pra trilha sonora do filme que é a minha vida.
Um dia, eu juro, vou reescrever meu roteiro e vou filmar de verdade... pq aposto, que o meu filme é o mais lindo, mais divertido, mais dramátido e mais romântico de todos os filmes. Adoro isso! Adoro ser assim... Quando acho que entra um personagem que vai até o fim da história, levo uma rasteira, e a história vira... daí eu choro, choro, choro e deixo todo mundo achando que eu sou a mocinha, pra no instante seguinte me tornar a vilã. Ou quem sabe, não a vilã, mas uma daquelas lindas, inteligentes, fortes e independentes d Hollywood. É uma dessas mulheres que eu sou agora, ou quem sabe eu seja mesmo a vilã. Depende que quem assiste e interpreta... A próxima cena, ainda não sei. É Melhor deixar que o tempo tenha tempo de escrever meu roteiro, porque assim o final fica bem mais emocionante!

06 setembro 2006

A nova Independência do Brasil

Amanhã, dia sete de setembro, o país comemora o Dia da Independência. Na verdade, não sei muito bem o que temos a comemorar já que apesar do título, continuamos tão dependentes do que vem de fora quanto éramos no príncipio da história pós-Cabral do Brasil. Sim. Ainda somos colônia, somos controlados pela metrópole e despretigiamos firmemente tudo o que é nacional.
Se eu pudesse, e tivesse autoridade para tanto, gritaria amanhã “Independência ou morte!” outra vez. Talvez não as margens do Ipiranga. Talvez pela Internet mesmo, porque daí quem sabe meu grito de apelo seria escutado por todo o país. Queria ser algo como Dom Pedro foi àquela época para proclamar a Nova Independência do Brasil.
Caso eu tivesse esse poder, além da Nova Independência, proclamaria a extinção total de tudo o que nos mantém acorrentados aos grandes detentores da política mundial. Começaria pela valorização da nossa língua e cultura – e determinaria o fim de estrangeirismos e promoveria o que há de melhor da música, da literatura, da moda e culinária do Brasil.
Como essas coisas de economia não entendo bem, delegaria tais decisões a quem entende. Mas faria questão de ouvir a opinião de mais pessoas, do povo, já que parece que as autoridades esquecem que as decisões deles interferem diretamente no bolso da classe trabalhadora – e aqui incluo todas as categorias de trabalhadores. Cessaria os impostos, penso que o povo já trabalhou o suficiente para pagar impostos.
Se eu tivesse um título de autoridade, construíria mais escolas e mudaria o sistema educacional. Ensinaria nossas crianças a pensar e criticar. Proibiria televisão e Orkut para crianças. Se queremos ser realmente independentes, precisamos favorecer o livre pensamento, não precisamos de mais cidadãos alienados.
É irônico ainda festejarmos o tal 7 de setembro. Festejar o quê, se nada mudou? Infelizmente, ainda não tenho poder para determinar aquilo que a meu ver mudaria o país. Por enquanto, não me custa nada imaginar. E tentar fazer o que acho que cabe a mim fazer. Comecei pelo pensamento livre. Quem sabe, alguém concorda comigo e luta comigo pela nova independência do Brasil.

Jully Fernandes®

01 setembro 2006

Os riscos da monopolização

Por Jacques Mick e Samuel Lima em 29/8/2006

A intenção do grupo gaúcho RBS de comprar o jornal A Notícia era uma velha novidade. Nos meios acadêmicos e profissionais, por mais de 10 anos o assunto foi tratado como possibilidade. Agora, enfim, está confirmado que a RBS assumirá a gestão do jornal joinvilense no dia 21 de setembro. Fato consumado, resta-nos discutir os impactos da transação para a sociedade e a formação da opinião pública.

Os veículos envolvidos informaram em 25 de agosto que o negócio havia sido fechado no dia anterior, que o empresário Moacir Thomazi ficará no jornal por mais um ano e que o AN "poderá ficar com a atual abrangência" (o verbo condicional é altamente significativo). O valor da transação não foi informado oficialmente, mas as cifras do negócio oscilam entre R$ 50 milhões e R$ 80 milhões. O AN, com 83 anos de atuação, emprega 512 trabalhadores e faturou, em 2005, R$ 30,3 milhões. O império regional da família Sirotsky faturou R$ 860 milhões e lucrou R$ 93 milhões no ano passado.

Com a aquisição do AN e o lançamento do diário popular Hora de Santa Catarina (no dia 28), o grupo gaúcho amplia seu número de jornais de seis para oito. Somadas, as tiragens desses veículos superam em muito a do principal diário do país – chegarão em breve aos 600 mil exemplares. O monopólio da mídia, mesmo nesse formato regionalizado, tem peso desproporcional na sociedade civil. A tendência à concentração e ao monopólio no setor remonta ao fim dos anos 1960, a partir dos Estados Unidos, e é um fenômeno mundial. No Brasil, o quadro é dramático: o conteúdo jornalístico e/ou midiático servido à sociedade é controlado, direta ou indiretamente, por literalmente meia-dúzia de famílias neste começo de milênio.

Uma versão

O anúncio da venda do AN à RBS configura-se um duplo desserviço a Joinville e a Santa Catarina. Em primeiro lugar, atenta contra a democracia, na medida em que concentra ainda mais a propriedade dos meios de comunicação, subtraindo da esfera pública catarinense uma outra possibilidade de cobertura dos acontecimentos. O fim da concorrência – por menor que fosse – abre um espaço maior para manipulações de toda ordem, e a imprensa brasileira é pródiga em exemplos dessa natureza.

Em segundo lugar, ficaremos cada vez mais expostos ao chamado "pensamento único" na mídia, porta-voz da ideologia de que há apenas uma versão da verdade. A voz única é emburrecedora e contrária aos interesses da cidadania. Entre outras conseqüências, restringe sensivelmente a pluralidade das fontes de informação, estreitamento que poderá ser especialmente grave na cobertura dos assuntos de interesse de Joinville e região.

A sociedade civil reagirá à venda do maior e mais tradicional diário de Santa Catarina ao grupo RBS?







Pois é! estamos bem... massificados. Perde a sociedade, que tende ainda mais a alienação. perdemos nós, futuros e já jornalistas. Fazer o quê?

Trinta Segundos Pro Comercial

Ando um pouco sem tempo - e sem disposição - pra postar coisas novas aqui!

Então vou fazer propagandinha!

Estréia!

Dia 04 de setembro, PROGRAMA CAPPUCCINO, na Rádio Caffé.
Em dois horários: 15h e 20h.

www.radiocaffe.com.br

Apresentação:
Arielli Secco
Jully Fernandes®
Lis Nascimento
Soraya Falqueiro
Tainá Smackzilo


Agenda cultural, informações, boa música todas as tardes. E bastante descontação, porque ninguém é de ferro!



Espero que as pessoas gostem.

28 agosto 2006

Deixa vim!

Acho que a virose me pegou, como pegou quase todo mundo que conheço. Droga! Já tinha tido um principio, me livrei dela, e agora parece que ela resolveu me vitimar de vez!
Tudo bem. Já aprendi que essas viroses tem a ver com sistema imunológico, que tem a ver com meu emocional. Meu emocional anda meio abalado mesmo, e hoje de novo parece que minhas estruturas foram rompidas - e agora parece que é pra sempre. Minha mestra de Reiki dizia que doenças respiratórias significam que o corpo tá chorando. Chorando sem lágrimas, de uma maneira diferente... então vou deixar chorar assim...porque lágrimas não tenho mais!

25 agosto 2006

Orkut! Como assim??

Orkut pode sair do País ou restringir acesso de brasileiros


O Orkut, rede de relacionamentos sociais na Internet criada e mantida pelo Google, pode fechar suas atividades no Brasil ou até limitar o acesso de internautas brasileiros, segundo o jornal Folha de S.Paulo. A informação partiu da sede da empresa em Mountain View, na Califórnia.
Envolvida em uma série de processos judiciais, a empresa pode tomar a medida caso não seja possível coibir excessos dos usuários brasileiros ou não se chegar a um acordo com a Justiça do país. Para a direção do Google, seja qual for o resultado da atual disputa jurídica, a imagem do site pode sair irremediavelmente arranhada no Brasil. O País responde por entre 80% e 90% do total de usuários do serviço que hoje é de cerca de 20 milhões.

A diretora jurídica do Google, Nicole Wong, disse que "nenhuma hipótese está descartada". Em entrevista por telefone, a executiva afirmou também que a empresa "está muito feliz em prover esse serviço ao Brasil e gostaria muito de poder continuar a fazê-lo", conforme a Folha de S.Paulo.

Foram abertos 52 pedidos de quebra de sigilo no Orkut até hoje. Em sua maioria, são casos de pedofilia e de crimes de racismo e ódio. A Google Inc. afirma ter atendido a todos os pedidos que lhe foram feitos corretamente até hoje, mas o jornal paulista apurou ainda que a resistência do Google em ceder seus dados - a menos que haja acordo com a Justiça norte-americana - por temer o uso político das informações. Como exemplos, são citadas autoridades da China e do Irã, que já solicitaram dados de pessoas consideradas dissidentes dos regimes.




Redação Terra



É uma pena! Ao contrário do que muitos pensam, o orkut pode ser, sim, muito útil, para muitas coisas - além de futricar a vida dos outros. Só que nem todo mundo sabe fazer bom uso dessa ferramenta. E como sempre, todos pagam pelo erro de alguns!

24 agosto 2006

A Pessoa errada

A pessoa errada
Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que, se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada.

Porque a pessoa certa faz tudo certinho. Chega na hora certa, Fala as coisas certas, Faz as coisas certas, Mas nem sempre a gente está precisando das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada.

A pessoa errada te faz perder a cabeça
Fazer loucuras
Perder a hora
Morrer de amor
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
Que é pra na hora que vocês se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira

A pessoa errada é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas
Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos pedindo seu perdão
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado
Mas vai estar 100% da vida dela esperando você
Vai estar o tempo todo pensando em você.

A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo
Porque a vida não é certa
Nada aqui é certo
O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo, conseguindo.
E só assim é possível chegar àquele momento do dia
Em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade
Tudo o que Ele quer
É que a gente encontre a pessoa errada.

Pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente...
Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as
diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução.

A procura da pessoa certa!

Encontrei a pessoa errada. Disso não tenho dúvidas. Desde o começo eu já sabia. Sabia que todos os meus momentos de felicidade, seriam recompensados com a dor que sentiria no final. Acertei! Aliás, to pra ver alguem que acerta tanto, quando quer errar, quanto eu!
´Depois de tudo, ainda tenho perguntas sem respostas. E outras respostas que eu tenho, não são as que eu queria. Ainda não tenho certeza no que acreditar. Só sei que era a pessoa errada.
E sinceramente, pra minha desgraça, eu gostei de ter a pessoa errada - falo desgraça, pq talvez continue me envolvendo com outras pessoas erradas. e isso não quero. Apesar de ter sido maravilhoso.
Durante muito tempo tive certeza que ele era o homem da minha vida, era perfeito demais. Só que têm coisas que definitivamente não são pra ser pra sempre. E com ele não era. Mas tenho medo de que a partir de agora nunca seja bom se eu comparar - e não venha dizer pra não comparar, pq é impossível! Agora não tenho certeza se era o Homem da minha vida pelo fato de não ter acontecido. Mas acho que vai ser bem dificil encontrar alguem que me faça tão bem e que seja tão cheio de qualidades.
Talvez seja por isso que não queira mais pessoas erradas. Quero pessoas certas. Romances certos. Que talvez não me faça perder a cabeça, nem fazer loucuras, nem perder a hora - já perdi com a pessoa errada. Quero alguém que - Sim!- chegue na hora certa e me procure todos os dias. Que talvez não seja um romance de filmes e cheio aventuras - já tive com a pessoa errada! Preciso de alguém que me faça bem todos os dias e que ainda assim me presenteie com uma noite cheia de amor! Quero a pessoa certa e deu. Chega de pessoa errada. A pessoa errada me fez bem, muito bem. Mas também tá fazendo mal. E isso eu não me permito mais. Quem sabe uma pessoa certa me cure desse mal. Quem sabe uma pessoa certa encha minha vida de segurança e cotidiano. É o que preciso agora. Depois, quem sabe, eu procure de volta a pessoa errada.

20 agosto 2006

Teatro de Quinta

Já que, dia 24 de agosto - próxima quinta-feira – estréia o show novo do Teatro de Quinta, que eu adorooooo, não custa nada lembrar do meu artigo sobre o mesmo!



Humor Tipicamente Florianopolitano


Numa cidade não pertecente ao eixo cultural do país, alimentar o anseio por bons espetáculos parece impossível. Quando se trata de Florianópolis, a coisa complica – e talvez seja impressão minha, mas a região não parece incentivar a cultura local. Enquanto esperamos ansiosos por espetáculos consagrados pela mídia nacional, mal enxergamos os brilhantes talentos que circulam pela cidade.
Um exemplo disso é o show de humor Teatro de Quinta. Sim! Mais do que teatro, o espetáculo é uma sequência de humor escrachado e debochado, com uma crítica tão sutil, que passa despercebido pelos mais desavisados. A diferença entre este e as outras apresentações teatrais, é a forma. Ao invés da montagem tradicional, aqui, cada ator encarna um personagem - muitos deles clicês a primeira vista - independente dos outros personagens.
A mistura é no mínimo interessante: tem desde a Xuca, uma versão mais do que satirizada da apresentadora de TV; até a mineira, cheia de humor negro, que pode assustar pelas piadas preconceituosas. A interpretação dos atores é impagável, e a sintonia com a platéia torna a encenação dinâmica e envolvente. É praticamente impossível sair de lá sem falar pelo menos um dos bordões dos personagens.
O Teatro de Quinta é inesquecível. E não cansa nunca, ainda que às vezes seja de longa duração. A vida na cidade, mais ou menos como ela é, só que vista de uma maneira muito mais divertida. Para os desligados, humor puro. Para os antenados, uma sátira social. Para os caretas, um humor politicamente incorreto – e recheado de palavrões falados com muita naturalidade. Para o público de maneira geral, um espetáculo esplêndido.



Jully Fernandes®