31 outubro 2006

Sonhos possíveis(??)

Sonhos possíveis


Uma das coisas que mais me faz parar pra pensar na minha vidinha, é se me perguntam quais são meus sonhos. E embora tenha ficado muito feliz quando a Mercedes Poison me convidou pra participar desse tal Projeto Sonhos Possíveis, tive dúvidas sobre o quê escrever. Faz tempo que não paro pra pensar nos meus sonhos, na verdade.
Quando comecei a cursar Jornalismo, eu tinha a pretensão de ser Correspondente Internacional - em Londres - e queria cobrir uma Guerra ou conflito interno. Aos poucos, mudei de planos... resolvi fazer Jornalismo Investigativo, mas também percebi que não quero trabalhar com Polícia. Em termos profissionais, no momento meu objetivo se resume a terminar a faculdade e trabalhar com cultura, música provavelmente. Mas não sei se coloco estes últimos na categoria de Sonhos, e se estão nessa categoria, então pode ser que sejam meus primeiros Sonhos Possíveis.
A questão que me aflinge é o fato de que não sei mais quais são meus sonhos. Eu só tenho 20 anos, e há algum tempo perdi minha capacidade de sonhar. Não que eu não tenha planos, tenho muitos, mas nada é tão grandioso a ponto de eu perder tempo sonhando com essas coisas. Tenho vontade de morar no centro quando eu crescer, tenho vontade de fazer um curso de pára-quedismo e saltar mais vezes – essas coisas custam caro!
Pretendo aprender espanhol no ano que vem, e quero viajar pelo Velho Mundo. Quando crescer, também quero ter motorista (é meu sonho de consumo número 1, odeio dirigir!). Talvez eu case, talvez eu leve a vida meio como em Sex and The City. Talvez eu tenha filhos – se chamarão João Ricardo e Ana Bárbara, eu acho. Mas isso vai depender muito do homem com quem, eventualmente, vou casar. Quem sabe esses sejam meus sonhos possíveis, apesar de nunca ter parado pra pensar nessas coisas sob tal perspectiva.
Tenho algumas pretensões na vida, mas também não sei se considero sonhos. Por exemplo, queria não ter mais crises de enxaqueca, queria não ficar depressiva às seis da tarde, queria não sentir falta das pessoas que não sentem minha falta, queria aprender a viver com a saudade, queria conseguir cantar alto sem perder a voz, queria ter meu cabelo naturalmente liso, queria não precisar me depilar pelo resto da vida, queria não gostar de chocolate, queria não sentir ciúme de algumas pessoas, queria não ter dores de estômago, queria que a espinha que apareceu na minha testa parasse de doer. Só queria, porque sei que nada disso vai acontecer.
De todos, no entanto, acho que meu sonho possível mais importante, é escrever um livro – de memórias, crônicas e declarações de amor. Já dei meu primeiro passo pra realizar este sonho, mas não posso entregar o jogo tão abertamente.
Ah, acabei de me lembrar de um sonho Impossível: queria ter uma vasoura voadora, uma varinha mágica, a capa da invisibilidade, o Mapa do Maroto, estudar em Hogwarts, assistir a um jogo de Quadribol. Ok! Viajei muito agora né… vou continuar pensando nos meus sonhos possíveis. Enquanto isso, passo a diante a idéia do projeto. Convido meus amigos a pensarem nos próprios sonhos possíveis, e que entrem na brincadeira postando algo sobre o assunto nos seus blogs. Aline Cabral (Pensamentos Públicos) , Li…!(O olho nem tudo vê) e Déborah ( photo grap hed), agora a brincadeira é de vocês...

http://www.indizivel.com/blog/post/2006/10/23/projeto_sonho_possivel

30 outubro 2006

Conselhos

Ontem me peguei dando conselhos pra Marina! hahahaha Logo eu, e justo pra Marina!
Eu disse que ela devia não me escutar, mas talvez ela tenha escutado. A Marina é a minha amiga mais racional, e provavelmente a pessoa que me ajuda a ser mais racional também. Como ela diz, ela presa sempre pela razão e eu pelo coração. Assim, a gente se dá um equilibrio. E eu sempre me fodo um pouco mais, porque na hora do "vamo ver", esqueço da maldita racionalidade.
E ontem, estávamos lá, sentadas. Ela com medo de parecer meio idiota. Eu dizendo pra ela não se preocupar com isso, porque no fim das contas todo mundo é. E tentando convencê-la, e a mim mesma, que a minha vida é muito mais divertida por conta da minha burrice plena. Talvez minha vida seja mais legal mesmo pelo fato de eu me preocupar em viver tudo, e sem lembrar da palavra 'panaca' que fica escrita constantemente na minha testa. Não ligo mesmo! No fim, fica tudo mais emocionante assim. Acho que ela acreditou em mim. Mas vocês não devem acrdeitar. Não quero ser responsabilizada pela burrice de ninguém! hahahahah

28 outubro 2006

Na onda do Brainstorm!

Novembro, calor, aniversário, vida adulta, faculdade, jornalismo, jornais, blogs, profissão, incerteza, medo, sucesso, fracasso, decepção, pessoas, competência, animalesco, cansaço emocional, sono, solidão, música, silêncio, livros, Clarice Lispector, eleições, reeleições, mentiras, desilusão, falsas utopias, nojo, ratos, democracia, trânsito, pensamentos soltos, devaneios, ironia, deboche, agressividade, arrogância, vaidade, frustração, impaciência, teatro, humildade, televisão, doce lar, filmes, chocolate, divagações, argumentos, telefone, controle remoto, ar condicionado, vontade, auto-controle, desespero, saudade, falta, vazio, escuro, sem-graça, Chico Buarque, Renato Russo, ficção, realidade, irmãos, vida real, projetos, sucesso, medo, incerteza, profissão, jornalista, vida adulta, aniversário, inferno astral, saudade, novembro.

27 outubro 2006

Vou mudar o nome do blog para SAUDADE

Eu gosto da palavra saudade. Segundo o dicionário Priberam, saudade é a lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir.
Muitos autores já tentaram definir o verbete, e também gosto de algumas definições. Há quem diga que “saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue”. Entretanto, apesar de achar uma tremenda pretensão querer explicar sentimento, humildemente criei minha própria explicação.
Saudade é a lembrança dolorosamente prazerosa de um pedaço da gente que morreu, mesmo que ainda estejamos vivos. É a vontade de dar replay no filme da vida, para ficar repetindo sempre a mesma cena.
Saudade é aquela dor que dá no peito às dez da manhã ou às onze da noite, assim que sentimos um cheiro ou escutamos uma música. E algumas vezes, essa dor até nos faz sorrir. É a necessidade de reviver uma coisa que, no fundo, a gente sabe que não existe mais.
Saudade é um vazio, um buraco na alma, provocado pela ausência de quem se fez fundamental, e que nenhuma outra pessoa consegue cobrir. Saudade é a decepção que a agente sente quando acorda de um sonho e percebe que foi só um sonho.
O grupo musical Biquini Cavadão disse que “a saudade acorda a beleza que faz sofrer”. O Chico Buarque disse que “a saudade mata a gente”. Concordo com ambos. Saudade nos consome aos poucos: é um monstro com o qual precisamos conviver. Porque, de repente a gente percebe que, no fim, saudade foi tudo o quê restou…

25 outubro 2006

Silêncio!

Estou em crise criativa...

23 outubro 2006

Jornalismo!

Dia desses, um amigo disse que o jornalismo é um estupro. Concordei. É um estupro intelectual. Às vezes, na minha humilde condição de estudante, me vejo obrigada a escrever sobre coisas das quais não entendo nadinha. E isso, é chato, pra falar a verdade. Muito chato. Como o meu amigo, eu também queria só escrever notinhas inocentes. Quer dizer, não tanto... no começo eu tinha a ilusão de que mudaria o mundo. Tudo brincadeira do destino.
Mas hoje quando estava indo fazer uma entrevista, me senti muito Jornalista. Foi a segunda vez que tive essa sensação, e admito que tava cheia de orgulho de mim mesmo. E fiquei pensando que pra ser jornalista é preciso mesmo aquele dom natural de que tanto falam, uns chamam de talento. Sério! Porque honestamente escolhi uma profissão meio ingrata, rodeada de mitos e um certo glamour, quando na verdade, nós - jornalistas - passamos por certos perrengues. Mais do que cursar uma boa faculdade , a gente precisa de Feeling... quase como um instinto atrás do que é notícia, a curiosidade aguçada e segundo a minha mãe, até um pouco de obsessão pra saber tudo o que acontece. É uma coisa estranha! Porque mesmo não muito empolgada com a faculdade, em situações como hoje, eu sinto uma paixão imensa pelo jornalismo. E não sei de onde vem essa necessidade de saber e informar - certamente, não é hereditário... Acho que a faculdade tá me levando prum mundo paralelo...



Ok! Parei de escrever coisas sem sentidos... preciso escrever coisa úteis.


P.S: Um dia, eu vou descobrir porque eu esqueço tudo o que eu sempre quero dizer quando estou na frente do Computador. Algo como uma amnésia tecnológica, se é que isso existe! SE lembrar de mais alguma coisa, volto mais tarde pra escrever!

Três segundos...

Quase bati o carro hoje na BR. Minhas amigas diriam que isso não é novidade. Ok. Não sou muito boa motorista, na verdade odeio dirigir - e não sei se me esforço pra fazer isso direito. Mas também não sou das piores, eu garanto. Mas hoje quase bati. Durante três segundos, eu tive a sensação de que poderia ter morrido. Olha que viagem! Logo pensei pra quem a polícia ligaria, caso me encontrassse machucada no meio dos destroços. Pra minha mãe é lógico. Mas não gostaria que ligassem pra ela. Gostaria que ligassem pra outra pessoa. Pra dizer que eu não me esforçaria pra sobreviver, porque a vida sem ele anda sem graça demais. Não estou pensando me matar, não se assustem. Só tô dizendo que um pedaço de mim foi embora, e a vida não tá muito divertido sem essa parte que se foi. Daí pensei na reação que ele teria se escutasse alguém dizendo que eu estou morrendo. Foi aí que eu engoli mais um vez meu choro e parei de pensar em morte. Porque lembrei que de uma certa maneira, eu já morri. E não sei o fulaninho chorou por mim.
Ok! Papo depressivo!

20 outubro 2006

"São pensamentos soltos..."

Juro que se eu soubesse a fórmula anti-saudade, eu tomava... mesmo se tivesse bosta de cavalo e veneno de rato dentro! Não suporto mais essa saudade sufocante! Sexta-feira à noite levemente depressiva e completamente musical!



"Eu fiquei até doente, menino. Se eu não mato a saudade, deixa estar... a saudade mata a gente!"
Tanta saudade, Djavan e Chico Buarque



"Baby, nossa relação acaba-se assim, como um caramelo que chega a seu fim"
Garoto de Aluguel, Zé Ramalho




"Serei teu amigo e teu bem. Fica bem, mas fica só comigo."
Comigo, Zeca Baleiro



"Te dei meus olhos pra tomares conta, agora conta como hei de partir."
Eu te amo, Chico



"Eu caio de bossa, eu sou quem eu sou. Eu saio da fosse, chigando e nagô"
A tonga da Mironga do Kabuletê, Vinicius



"Eu já sei o que os meus olhos vão querer, quando eu te encontrar. Com um pedido pra te ver, vão querer chorar, com um sorriso incontido perdido em algum lugar."
Quando eu te encontrar, Biquini Cavadão



"Eu não vou chorar, você não vai chorar. Você pode entender que eu não vou mais te ver por enquanto. Sorria e saiba o que eu sei: Eu te amo."
Dessa vez, Nando Reis


"Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar, com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar."
Valsinha, Chico



"Pois eu, eu só penso. Já não sei mais porquê, em ti eu consigo encontrar um caminho, um motivo, um lugar pra repousar meu amor."
Fingi na hora ri, Los Hermanos



"E se eu fosse o primeiro a voltar e a mudar o que eu fiz, quem então agora eu seria? Ah, tanto faz! E o quê não foi, não é. Eu sei que ainda vou voltar. Mas eu quem será?... Ora, se não sou eu, quem vai decidir o quê é bom pra mim? Dispenso a previsão!"
O velho e o moço, Los Hermanos



"E é pra não ter recaída que não me deixo esquecer que é uma pena, mas você não vale a pena."
Não vale a pena, Maria Rita

19 outubro 2006

Falando de morte!

Hoje cedo minha empregada veio com um assunto do tipo: já sabe quem morreu? Continuo sem saber quem é, porque enquanto ela falava eu prestava atenção na TV (que maldade!). E daí ela falou uma coisa que despertou minha atenção. "A morte é cruel." De repente, vi-me cheia de pensamentos sobre a morte. Tentarei me explicar.
Não sei lidar com a morte, já escrevi isso aqui. Com a morte dos outros. Quando penso na minha prórpria morte, não tenho medo. Não vejo a morte como um fim, acredito nas teorias espíritas. O medo que não tenho de morrer, no entanto, se apresenta em dobro ao pensar na morte das pessoas que eu amo. Como diria Vinicius, "E assim quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive". Isso me assusta, e tenho vontade de chorar só em pensar em viver sem alguém que faz parte do meu convívio.
É isso que me apavora na morte. A impossibilidade do retorno, é o fato de estarmos fadados à saudade, é a obrigatoriedade do afastamento e do intocável. Talvez meu medo se dê por conta da minha imensa dependência dos outros. E me assusto quando me pego pensando como seria minha vida sem determinadas pessoas. Nesse sentido, concordo quando minha empregada diz que a morte é cruel.
Por outro lado, fiquei pensando no alívio em que a morte representa pra algumas pessoas. Sim! A meu ver, mais cruel do que a morte é a vida. Tenho mais medo dos vivos do que dos mortos (clichê isso, né?). As pessoas me assustam, a frieza humana é que me apavora de verdade. Ver gente sobrevivendo com tão pouco, ver gente morrer de frio e fome, ver crianças sendo prostituídas, saber que tem gente que rouba tanto de quem pouco pode dar e mesmo assim dorme tranquilamente, enquanto essa gente que pouco tem, mal dorme. Isso sim é cruel. É disso que tenho mais medo, da minha falta de esperança na humanidade, da minha descrença nesses animais que chamamos de gente, da minha ausência de utopias e desse mundo que não me mostra um caminho de volta.
Não seria a morte, nesses casos, como um bálsamo? Acho que de certa forma, a morte dignifica a vida. Radical isso! Mas é verdade... Se a morte é o destino certo de todos os homens, só ela nos faz realmente iguais...
Consegui me fazer entender?
ok, existe Deus! Mas as pessoas acreditam em Deus de várias formas, isso quando realmente acreditam, isso é questão para um outro dia.

17 outubro 2006

Alô, Papai do Céu!

Com essa história de "portal" fiquei imaginando o que pedir.
Pensei em pedir pra deixar de amar quem já deixou de me amar.
Pensei em pedir pra fazer falta pra quem não sente minha falta.
Pensei em pedir pra esquecer, e decidi logo em seguida que não quero esquecer.
Resolvi pedir então força pra seguir minha vida do jeito que as coisas acontecem.
Pedi saúde pro corpo e pra alma. Pedi tranquilidade pra saber decidir quando é hora de voltar.
Pedi pra que essa ferida aberta no meu coração cicatrize, quem sabe com um novo amor. Ou que apenas cicatrize para eu me permitir um novo amor.
E pedi, com mais força do que tudo, pra parar de sentir essa saudade sufocante, que me tem feito tanto mal e que quase me impede de viver.
E pedi a chance de voltar a ter uma vida digna de gente feliz.
Que assim seja!

Anos 80!!

Ontem estava passando os canais a procura de algo assistivel na TV, e vi uma espécie de debate na MTV sobre os anos 80. De um lado, tinha os que defendiam a década de 80 como uma explosão de criatividade e bom humor. Do outro lado, havia quem dissesse que nesse período, houve uma decadência do rock, influenciado pela moda do POP.
Eu nasci em 85, portanto não vivi de fato essa fase da humanidade. Mas desde maio desse ano, tenho escutado muito do que foi produzido na época, já vi livro que revive os anos 80, tenho amigos que já foram até numa festa chamada de Ploc anos 80, que reúne Gretchen, sidney magal, paquitas e outras figurinhas da época.
Eu gosto do que foi produzido, no sentido cultural, nesse período. Tudo é muito divertido, cafona mesmo. Sou inclinada a essas coisas bregas, nem ligo. E sou do time a favor do revival dessa época. Já teve moda dos anos 60, dos anos 70. Por que negarmos agora que a década de 80 tem o seu valor? Se estamos numa época em que todas as épocas se mesclam, não podemos ignorar o surto cafona/criativo dos anos 80.
Afinal de contas, genialidades como Katia Cega, Balão Mágico, Trem da Alegria e Xuxa estrearam nesse período. E o que seria de mim, se agora não tivesse os sucessos do Trash 80 pra me divertir?
Posso estar falando besteira, quem sabe. Não sou especialista em música. Alguém diga se estou errada. Mas ainda sou a favor de certas cafonices. Por exemplo agora, tô escutando Kaoma.
"Chorando se foi, quem um dia só me fez chorar. Chorando estará ao lembrar de um amor..."
Acho que eram só essas divagações que tinha a fazer.
Se me lembrar de mais alguma coisa, depois eu conto!

Não custa tentar!

Prepare-se hj às 17:10, um raio violeta extra forte chegará no planeta Terra. Pare tudo e peça amor incondicional, paz, tudo de melhor para vc e para o mundo...os pensamentos movem o universo...

Hj,dia 17 esta aberto um portal,devido ao alinhamento dos planetas, haverá uma potencialização de todas as coisas que vc fizer e desejar, pense somente em coisas boas, que elas voltaram mil vezes mais fortes...o Ápice da abertura é as 17:10.....
sintonize-se com o divino........o universo......e materialize coisas boas.......
PAZ



ctrl+c/ctrl+v de uma mensagem do Orku, by Chawki!

16 outubro 2006

A Tonga da Mironga do Kabuletê

Vinicius de Moraes


Eu caio de bossa
Eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa
Xingando em nagô

Você que ouve e não fala
Você que olha e não vê
Eu vou lhe dar uma pala
Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do kabuletê
A tonga da mironga do kabuletê
A tonga da mironga do kabuletê

Eu caio de bossa
Eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa
Xingando em nagô

Você que lê e não sabe
Você que reza e não crê
Você que entra e não cabe
Você vai ter que viver
Na tonga da mironga do kabuletê
Na tonga da mironga do kabuletê
Na tonga da mironga do kabuletê

Você que fuma e não traga
E que não paga pra ver
Vou lhe rogar uma praga
Eu vou é mandar você
Pra tonga da mironga do kabuletê
Pra tonga da mironga do kabuletê
Pra tonga da mironga do kabuletê

15 outubro 2006

Droga!

Lembrei!
Uma das coisas sobre as quais eu queria escrever era sobre a eterna história do Vigiar e Punir (ou Vigiar ou Punir, tanto faz!).
Ia falar sobre a estranha necessidade do ser humano de ser observado todo o tempo para não fugir das regras. Percebi isso quando vi uma placa assim: "Não jogue lixo aqui. Você está sendo observado". Era uma coisa assim. Será que o tempo inteiro temos que ter alguem vigiando? Caso contrário, todo mundo perde a noção do certo? - se é que existe certo e errado.
Tinha muitas divagações para fazer sobre esse assunto. Mas o Fantástico acabou com a minha brincadeira, porque eles querem falar sobre isso hoje também. Desanimei, esqueci meus argumentos, esqueci até a música que eu havia planejado citar como exemplo.
Droga de Fantástico! Estragou tudo!

14 outubro 2006

Pois então!

Tinha várias coisas pra escrever hoje... ontem pensei em vários assuntos, várias colocações a fazer.
E quando parei pra emfim escrever, esqueci tudo o que tinha a dizer.
Deve ser uma boa oportunidade pra eu ficar calada mesmo.
Se eu me lembrar de algo, volto mais tarde!

12 outubro 2006

Dia das Crianças!

Boa tarde, Blog amigo!
Hoje é dias das Crianças, e a única coisa que ganhei foi um resfriado, e nem foi da minha mãe. Minha mãe insiste em me chamar de criança, hoje estávamos passando por uma rua e vimos um vendedor de bonecos infláveis. A minha mãe ainda acha que a Minnie é a minha cara - e eu nem gosto da Minnie! Graças a Deus, meu pai teve o bom senso de dizer que eu sou mais bonita, e meu irmão teve a percepção pra notar que eu já não gosto mais de bonecos.
Eu não ia pedir presente de Dia das Crianças, porque se quero ser tratada como adulta, então não posso querer ganhar presente hoje. Mas considerando a colocação da minha mãe sobre a Minnie inflável, e considerando que meu perfume está acabando, arrisquei e pedi um vidro de novo.
Fora isso, Blog amigo, meu Dia das Crianças tem sido bem parado, até decepcionante. Não posso me queixar de todo o mundo, porque ainda tem a Li que tem paciência comigo, e percebe a minha necessidade de estar acompanhada num dia como hoje. Mas posso reclamar das outras pessoas. Ahhh, as pessoas. Não me acostumo com as pessoas, não me acostumo com as decepções que elas me causam. Será que um dia, hei de aprender a não esperar nada de ninguém, para não me decepcionar? Será minha resolução de ano novo, eu acho. Por enquanto, eu continuo esperando meu telefone tocar.
Era isso, Blog amigo... por enquanto era tudo o que tinha pra contar.
Obrigada por mais uma vez me escutar! (rimou!)
Vou me arrumar... enfim, alguém sentiu a minha falta!

11 outubro 2006

Desabafo

Bom dia, Blog amigo...
Hoje eu não acordei muito bem, e como sabes, tens sido meu melhor amigo nas últimas semanas. Ontem a Soraya disse que era bom me ver sorrindo de novo, mas ela não sabia que meu sorriso não era muito verdadeiro. A Li pediu pra eu deixar as pessoas me ajudarem, mas como deixar as pessoas me ajudarem se meus amigos andam ocupados demais pra perder tempo comigo? Acordei com dor de gargante e enxaqueca... é meu psicológico de novo tomando conta do meu corpo. Minha garganta dói pela acúmulo de coisas a serem ditas sem que eu possa dizer.
Ontem também eu perguntei pro Leo porque eu tenho me sentido tão sozinha se as pessoas dizem gostar tanto de mim. Onde estão as pessoas que gostam tanto de mim agora? Sim, sou dependente! Sim, não sei ficar sozinha! Tô tentando aprender, eu juro. Mas cadê todo mundo agora? Cadê meus amigos que seriam eternos? Ok! Estão ocupados por conta dos afazeres da vida adulta. Seria muito pedir pra eles notarem a minha necessidade?
Pois é, Blog amigo. O problema é todo meu, ninguém é obrigado a me aturar agora. Tô com vontade de gritar, mas as pessoas provavelmente achariam que eu enlouqueci de vez. Talvez eu pinte meu nariz de vermelho e suba num poste, é uma idéia para chamar a atenção. Enquanto eu não decido o que fazer, eu recorro ao meu amigo Bromazepan e a minha amiga Fluoxetina, que não me deixam na mão. E fico na companhia do Renato, do Chico, do Carlos, da Clarice, porque eles têm conselhos pra me dar por enquanto.
Era isso! Obrigada, Blogg amigo, por me escutar mais uma vez. Vou lá ver TV e esperar que alguém sinta a minha falta.
Até logo!






ok! estou depressiva!

Dez anos sem Renato Russo

Quando Renato Russo morreu eu só tinha dez anos. E dez anos depois, não é que o gênio continua acertando? As letras dele são muito reais, e muitas de suas músicas fazem parte da minha própria trilha sonora. E sim, são bem atuais.
Infelizmente, nunca pude ir a um show da Legião e pouco sabia sobre Renato Russo enquanto ele era vivo. Sabia que ele tinha Aids, era gay e drogado - o bom e velho preconceito familiar. Esqueceram de me contar que ele era um grande poeta, uma pessoa admirável por sua obra, e que, como muitos poetas, tinha depressão. Por isso as músicas tão tristes, tão cheias de amargura, as músicas que fazem a gente mesmo entrar em depressão.
As músicas da Legião entraram na minha vida um pouco antes de o Renato morrer, eu acho, e muito or acaso. E Não sairam mais. Sou fã. E hoje estou de luto, mais do que quando tinha dez anos. Luto pela morte da oportunidade de conhecer melhor quem era Renato Russo realmente.

Vou colocar a música que é provavelmente a que mais gosto da Legião Urbana! Ela consegue me explicar melhor do que eu mesma...


Sete Cidades
Legião Urbana

Composição: Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Marcelo Bonfá

Já me acostumei com a tua voz
Com teu rosto e teu olhar
Me partiram em dois
E procuro agora o que é minha metade

Quando não estás aqui
Sinto falta de mim mesmo
E sinto falta do meu corpo junto ao teu

Meu coração é tão tosco e tão pobre
Não sabe ainda os caminhos do mundo

Quando não estás aqui
Sinto medo de mim mesmo
E sinto falta do teu corpo junto ao meu

Vem depressa pra mim
Que eu não sei esperar
Já fizemos promessas demais
E já me acostumei com a tua voz
Quando estou contigo estou em paz
Quando não estás aqui
Meu espirito se perde, voa longe

10 outubro 2006

Fernando Pessoa

De repente, como se um destino médico me tivesse operado de uma cegueira antiga com grandes resultados súbditos, ergo a cabeça, da minha vida anónima, para o conhecimento claro de como existo. E vejo que tudo quanto tenho feito, tudo quanto tenho pensado, tudo quanto tenho sido, é uma espécie de engano e de loucura. Maravilho-me do que consegui não ver. Estranho quanto fui e que vejo que afinal não sou.
Olho, como numa extensão ao sol que rompe nuvens, a minha vida passada; e noto, com um pasmo metafísico, como todos os meus gestos mais certos, as minhas ideias mais claras, e os meus propósitos mais lógicos, não foram, afinal, mais que bebedeira nata, loucura natural, grande desconhecimento. Nem sequer representei, Representaram-me. Fui, não o actor, mas os gestos dele.
Tudo quanto tenho feito, pensado, sido, é uma soma de subordinações, ou a um ente falso que julguei meu, por que agi dele para fora, ou de um peso de cisrcunstâncias que supus ser o ar que respirava.
sou, neste momento de ver, um solitário súbito, que se reconhece desterrado onde se encontrou sempre cidadão. No mais íntimo do que pensei não fui eu.
Vem-me, então, um terror sarcástico da vida, um desalento que passa os limites da minha individualidade consciente. Sei que fui erro e descaminho, que nunca vivi, que existi somente porque enchi tempo com consciência e pensamento. E a minha sensação de mim é a de quem acorda depois de um sono cheio de sonhos reais, ou a de quem é liberto, por um terramoto, da luz pouca do cárcere a que se habituara.
Pesa-me, realmente me pesa, como uma condenação a conhecer, esta noção repentina da minha individualidade verdadeira, dessa que andou sempre viajando sonolentamente entre o que sente e o que vê.
É tão difícil descrever o que se sente quando se sente que realmente se existe, e que a alma é uma entidade real, que não sei quais são as palavras humanas com que possa defini-lo. Não sei se estou com febre, como sinto, se deixei de ter a febre de ser dormidor da vida.
Sim, repito, sou como um viajante que de repente se encontre numa vila estranha sem saber como ali chegou; e ocorrem-me esses casos dos que perdem a memória, e são outros durante muito tempo. Fui outro durante muito tempo - desde a nascença e a consciência -, e acordo agora no meio da ponte, debruçado sobre o rio, e sabendo que existo mais firmemente do que fui até aqui. Mas a cidade é-me incógnita, as ruas novas, e o mal sem cura. Espero, pois, debruçado sobre a ponte, que me passe a verdade, e eu me restabeleça nulo e fictício, inteligente e natural.
Foi um momento, e já passou. Já vejo os móveis que me cercam, os desenhos do papel velho das paredes, o sol pelas vidraças poeirentas. Vi a verdade um momento. Fui um momento, com consciência, o que os grandes homens são com a vida. Recordo-lhes os actos e as palavras, e não se não foram também tentados vencedoramente pelo Demónio da Realidade. Não saber de si é viver. Saber mal de si é pensar. Saber de si, de repente, como neste momento lustral, é ter subitamente a noção da mónada íntima, da palavra mágica da alma. Mas essa luz súbita crespa tudo, consume tudo. Deixa-nos nús até de nós.
Foi só um momento, e vi-me. Depois já não sei sequer dizer o que fui. E, por fim, tenho sono, porque, não sei porquê, acho que o sentido é dormir.

Fernando Pessoa, "roubado" de um blog

09 outubro 2006

?

Fim de semana conturbadíssimo...
Eu que esperava passar dois dias muito tranquilamente, vi a vida dar uma girada bem na minha frente!
Sábado recebi a notícia da morte de um amigo do meu pai. Amigo daqueles que a gente conhece desde criancinha, daqueles que marcam a nossa vida de alguma maneira, mesmo que a gente não admita isso publicamente. De novo, a sensação de vazio que a morte me traz, de novo a certeza de que preciso aprender a lidar com esses fins, e com o fim da vida de alguém.
O Lisboa foi quem me ensinou a pescar, e quando soube da morte dele, só conseguia me lembrar de um dia em que fomos pescar em alto mar, eu, ele e meu pai, e o Mar. E ele me ensinando a ter paciência pra esperar o peixe, ou dizendo pra eu olhar mais fundo no mar que eu enxergaria coisas mais bonitas... sem querer, ele dava mais do que conselhos de pesca. O Lisboa era como aquele tio que a gente sempre sabe que vai encontrar na casa da vó - no meu caso, na casa de praia - e que se a gente não encontra, sente a maior falta, porque o lugar fica vazio demais. E a pessoa nem sabe que tem essa importância na nossa vida.
E mais do que tudo, doeu em mim ver a dor do meu pai. O Ricardão que é pra mim, e pra muita gente, um exemplo de força balançou. E eu, como toda mulherzinha, odeio ver homens chorando, principalmente se for meu pai. Não, ele nem chegou a chorar... mas tenho certeza de que ele tava sentindo uma dor imensa, porque perdeu um amigo muito importante. E senti a dor dele, e mais uma vez veio o velho medo de perder as pessoas importantes pra mim.
Eu não sei perder pessoas, não consigo me afastar, não sou forte o suficiente pra isso, não aprendi a lidar com isso. Talvez seja fraqueza, talvez um pouco de covardia... não sei! Quem sabe, eu aprenda um pouco agora, asim como um dia eu aprendi a pescar...

07 outubro 2006

P.S:

Acabei de chegar a conclusão que estou anti-social nas últimas semanas.
Preciso recuperar minha sociabilidade, se é que isso existe!
Depois eu penso nisso... deixa eu ficar sozinha. Só por hoje a tarde!

Hummm

Fim de semana totalmente eu comigo mesma. Será que eu ainda me suporto? "Que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável...", diria Oswaldo Montenegro. Eu não sei ao certo. Acho que ainda me aturo por uns dias. Tô reaprendendo a ficar sozinha, e garanto: nem sempre é fácil. Espero que pelo menos hoje e amanhã eu não me ache torturante.
Vou ficar acompanhda de livros amigos - ah Clarice, obrigada por existir. E Harry Potter também! E acompanhada do fiel escudeiro Macintosh, que nunca me deixa na mão. E graças a Deus, inventaram esse tal de Telecine, que na maioria das vezes supre minhas necessidades cinematográficas.
Tô acompanhada também da barra de chocolate, amiga da onça, eu sei, mas nesses dias me faz um certo bem. E tem o celular maldito que não toca com frequência, mas eventualmente recebe uma chamada de amigos inesperados.
Tenho uns textos pra ler, mas acho que ainda prefiro ficar sozinha; é a velha "história de antes só do que mal acompanhada".
Hummm... telefone tocou, uma visita inesperada! Obrigada senhor, por atender minha prece silenciosa. E obrigada família por me incomodar quando eu quero ser incomodada - e quando eu não quero também!
Depois eu escrevo mais!

04 outubro 2006

...


"Aprendi que o meu silêncio vale mais"
Fagner