06 outubro 2008

Alguma coisa acontece no meu coração.

Quase sempre que declaro meu amor por São Paulo, me vejo ameaçada por tapas e pontapés. A maioria das pessoas simplesmente não entende como posso gostar tanto da cidade mais estressante do país. Mas meu encanto não é infundado, eu realmente acho a terra da garoa uma cidade maravilhosa.

Penso que só não ama São Paulo quem não conhece os benefícios da cidade e tem de lá uma imagem de um lugar meramente capitalista e desprovida de outras belezas. Não gosta de São Paulo quem não caminhou pelo Ibirapuera em um domingo, não andou pelos Jardins, quem não viu o Sol do fim de tarde brilhar na Estação da Luz.

Imagino mesmo que Sampa possa ser uma cidade que cause receios, a menos para quem desfrutou das maravilhas de se viver numa cidade onde tudo acontece. É, de fato, quase impossível gostar de São Paulo sem conhecer o Mercado Público, o Parque da Luz, sem passear pela Oscar Freire ou fazer compras na José Paulino.

Para quem pouco se interessa por história do Brasil, claro, é impensável achar São Paulo tão interessante. Não se encanta por São Paulo quem não conhece o Museu do Ipiranga, o da Língua Portuguesa, quem não viu uma exposição no MASP, quem nunca foi na Bienal.

Sinceramente, não consigo enxergar São Paulo com olhos de terror. Adoro a Avenida Paulista e as livrarias de lá. Adoro poder escolher qual teatro vou freqüentar, adoro a opção de cinemas, adoro estar tão perto das melhores baladas do Brasil.

São Paulo não é só Banco, não é só violência, muito menos se resume a trânsito. É pequeno demais reduzir Sampa a tão pouco. São Paulo é o centro econômico e cultural brasileiro. É onde acontecem os melhores espetáculos, onde estão os melhores bares e restaurantes, onde estão as melhores universidades.

Vou pouco a São Paulo, certamente menos do que eu gostaria, mas já peguei fins de tarde lindos por lá. Sou apaixonada por São Paulo e alguma coisa acontece no meu coração, quando cruza a Ipiranga com a Avenida São João e quando passeio pela Avenida Angélica, ou quando chego de metrô no bairro da Liberdade. Alguma coisa acontece também quando passo pela Avenida Augusta, pela Alameda Lorena e quando flano pela Vila Mariana. Por onde quer que eu passe, São Paulo sempre faz meu coração bater mais forte.

Um comentário:

Júlia Pinto disse...

Sabe aquela sensação de "esse texto poderia ser meu"? O sentimento de que todas as palavras te tocam e certamente poderiam ter sido ditas/escritas/relatadas por mim. Também amo São Paulo, demais. As possibilidades, as oportunidades, e sim, as belezas.
Também me sinto esfaqueada ao dizer essas palavras, mas afirmo com convicção que amo São Paulo. É muito bom saber de pessoas que compartilham dos nossos sentimentos.

ps: descobri teu blog hoje, espero me sentir tão bem com tuas palavras como me senti lendo este post.
beijo.