21 fevereiro 2007

A carta que eu não mandei

Ontem reli algumas conversas de quando ainda me amava, e fiquei tentando descobrir quando foi, e como foi, que deixou de me amar - e sim, isso me fez chorar mais uma vez. Eu queria entender porque ainda dói tanto pra mim - minha terapeuta já me deu uma explicação, mas não me bastou.
Nos últimos dias, de repente me senti tão próxima, e pude enxergar em dois momentos, o meu Tu, não esse que me olha como se não me enxergasse. Vi o Tu por quem me apaixonei, e não esse que eu não conheço e não gosto. Tive vontade de me jogar nos braços e ganhar o abraço que mais gosto, e não pude, porque estava na pele desse desconhecido.
Sem querer, quase me respondeu a pergunta que tantas vezes já fiz, e para a qual não recebi nada além de suposições de quem ainda acredita no amor que eu acreditei que sentias.
Mas o meu Tu foi embora depressa, e me colocou na gaveta junto com os poemas que entreguei. Aliás, a mesma gaveta onde me guardou quando dei uma parte de mim. E eu fiquei com a vontade de gritar o que fica ecoanda na cabeça, tentando não lembrar o que nunca esqueço: ainda amo tanto, tanto!

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