09 outubro 2006

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Fim de semana conturbadíssimo...
Eu que esperava passar dois dias muito tranquilamente, vi a vida dar uma girada bem na minha frente!
Sábado recebi a notícia da morte de um amigo do meu pai. Amigo daqueles que a gente conhece desde criancinha, daqueles que marcam a nossa vida de alguma maneira, mesmo que a gente não admita isso publicamente. De novo, a sensação de vazio que a morte me traz, de novo a certeza de que preciso aprender a lidar com esses fins, e com o fim da vida de alguém.
O Lisboa foi quem me ensinou a pescar, e quando soube da morte dele, só conseguia me lembrar de um dia em que fomos pescar em alto mar, eu, ele e meu pai, e o Mar. E ele me ensinando a ter paciência pra esperar o peixe, ou dizendo pra eu olhar mais fundo no mar que eu enxergaria coisas mais bonitas... sem querer, ele dava mais do que conselhos de pesca. O Lisboa era como aquele tio que a gente sempre sabe que vai encontrar na casa da vó - no meu caso, na casa de praia - e que se a gente não encontra, sente a maior falta, porque o lugar fica vazio demais. E a pessoa nem sabe que tem essa importância na nossa vida.
E mais do que tudo, doeu em mim ver a dor do meu pai. O Ricardão que é pra mim, e pra muita gente, um exemplo de força balançou. E eu, como toda mulherzinha, odeio ver homens chorando, principalmente se for meu pai. Não, ele nem chegou a chorar... mas tenho certeza de que ele tava sentindo uma dor imensa, porque perdeu um amigo muito importante. E senti a dor dele, e mais uma vez veio o velho medo de perder as pessoas importantes pra mim.
Eu não sei perder pessoas, não consigo me afastar, não sou forte o suficiente pra isso, não aprendi a lidar com isso. Talvez seja fraqueza, talvez um pouco de covardia... não sei! Quem sabe, eu aprenda um pouco agora, asim como um dia eu aprendi a pescar...

Um comentário:

Anônimo disse...

eh sempre muito complicado lidar com a morte mesmo...
mas fica bem Ju!

saudadess

te amoo;*