06 setembro 2006

A nova Independência do Brasil

Amanhã, dia sete de setembro, o país comemora o Dia da Independência. Na verdade, não sei muito bem o que temos a comemorar já que apesar do título, continuamos tão dependentes do que vem de fora quanto éramos no príncipio da história pós-Cabral do Brasil. Sim. Ainda somos colônia, somos controlados pela metrópole e despretigiamos firmemente tudo o que é nacional.
Se eu pudesse, e tivesse autoridade para tanto, gritaria amanhã “Independência ou morte!” outra vez. Talvez não as margens do Ipiranga. Talvez pela Internet mesmo, porque daí quem sabe meu grito de apelo seria escutado por todo o país. Queria ser algo como Dom Pedro foi àquela época para proclamar a Nova Independência do Brasil.
Caso eu tivesse esse poder, além da Nova Independência, proclamaria a extinção total de tudo o que nos mantém acorrentados aos grandes detentores da política mundial. Começaria pela valorização da nossa língua e cultura – e determinaria o fim de estrangeirismos e promoveria o que há de melhor da música, da literatura, da moda e culinária do Brasil.
Como essas coisas de economia não entendo bem, delegaria tais decisões a quem entende. Mas faria questão de ouvir a opinião de mais pessoas, do povo, já que parece que as autoridades esquecem que as decisões deles interferem diretamente no bolso da classe trabalhadora – e aqui incluo todas as categorias de trabalhadores. Cessaria os impostos, penso que o povo já trabalhou o suficiente para pagar impostos.
Se eu tivesse um título de autoridade, construíria mais escolas e mudaria o sistema educacional. Ensinaria nossas crianças a pensar e criticar. Proibiria televisão e Orkut para crianças. Se queremos ser realmente independentes, precisamos favorecer o livre pensamento, não precisamos de mais cidadãos alienados.
É irônico ainda festejarmos o tal 7 de setembro. Festejar o quê, se nada mudou? Infelizmente, ainda não tenho poder para determinar aquilo que a meu ver mudaria o país. Por enquanto, não me custa nada imaginar. E tentar fazer o que acho que cabe a mim fazer. Comecei pelo pensamento livre. Quem sabe, alguém concorda comigo e luta comigo pela nova independência do Brasil.

Jully Fernandes®

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